11:38 PM
18 de junho de 2025

Mito ou verdade: é necessário tomar vermífug…

Mito ou verdade: é necessário tomar vermífug…

PUBLICIDADE



Vira e mexe, surge alguém nas redes sociais afirmando que toma vermífugo todos os anos para fazer uma “desparasitação”. Já adiantamos: essa estratégia não é recomendada e ainda pode trazer riscos.

As parasitoses intestinais realmente são um problema de saúde, especialmente na infância e em algumas áreas específicas do mundo. Antigamente, circulava a recomendação de tomar vermífugos anualmente (e até mais de uma vez no ano) para prevenir essa condição.

Mas atualmente, com melhores condições de saneamento básico, como tratamento da água e canalização do esgoto, essa medida não é necessária.

Hoje, essa ideia foi repaginada e algumas pessoas divulgam “protocolos de desparasitação” ou de “limpeza de impurezas” nas redes sociais, indicando o uso dos vermífugos indiscriminadamente.

Saiba que esse tipo de dica não tem qualquer base científica e pode te trazer mais problemas do que benefícios.

Afinal, por que não é mais recomendado tomar vermífugo todos os anos?

A principal via de contaminação por vermes e protozoários é por meio de alimentos ou água contaminada. Os parasitas, como lombrigas, tênias e protozoários, ainda podem invadir o organismo pelo contato da pele com o solo infestado.

Continua após a publicidade

Se você higieniza bem os alimentos e tem acesso a água filtrada, não há qualquer necessidade de tomar vermífugos anualmente. Alguns pediatras podem até indicar o uso do remédio em crianças, mas a situação é cada vez menos comum, já que os pequenos hoje em dia tem menos contato com a terra e com animais.

Para resumir: a não ser que você viva em uma área com saneamento básico precário, como esgoto a céu aberto, e não tenha acesso a água filtrada, não é necessário tomar vermífugos periodicamente.

A recomendação oficial de Organização Mundial da Saúde (OMS) é que os antiparasitários somente sejam receitados como profilaxia em áreas em que a transmissão dessas doenças pelo solo tem índices maiores que 20%. Não é o caso da maior parte do Brasil.

+Leia também: Ivermectina não cura dengue nem ameniza sintomas da doença

Riscos de um protocolo ultrapassado

Tomar vermífugos sem necessidade pode ir na contramão do desejado e, em vez de prevenir o problema, trazer danos à saúde. Os remédios tem potencial tóxico para o fígado e os rins. 

Continua após a publicidade

O perigo é ainda maior porque essas drogas costumam ser usadas sem devida orientação médica. O excesso dos vermífugos acaba criando resistência à medicação. Assim, em uma situação em que o remédio realmente seja necessário, ele não será mais efetivo. Essa medida pode ainda prejudicar o intestino, perturbando a microbiota e trazendo outras desordens na digestão.

Outro mito é que os vermífugos sirvam para tratar covid-19, dengue, câncer e uma variedade de problemas de saúde. Esses remédios só funcionam contra parasitas.

Como prevenir e tratar parasitoses

As infecções por parasitas causam sintomas como enjoo, dor abdominal, diarreia e náusea. Podem ainda prejudicar a absorção de nutrientes e levar a deficiências, como anemia.

Em crianças, ocorre uma vulnerabilidade imunológica que abre as portas para outras doenças oportunistas. Casos muito graves podem ocasionar desnutrição, obstrução intestinal, assim como inflamação e sangramento.

Continua após a publicidade

Caso você apresente algum desses sintomas e viva em uma área de risco para parasitas, consulte um médico. Você provavelmente fará um exame de fezes para investigar o quadro e, se necessário, o profissional indicará a melhor forma de tratar a condição.

Para prevenir os quadros de parasitose, vale seguir as dicas clássicas de higiene:

  • Lave bem as mãos, em especial antes de comer e depois de usar o banheiro;
  • Use calçados em espaços com terra ou barro;
  • Cozinhe bem os alimentos e higienize vegetais e frutas com água sanitária;
  • Só beba água filtrada ou fervida corretamente;
  • Evite deixar crianças circularem perto do esgoto ou do lixo.

 

Compartilhe essa matéria via:

Continua após a publicidade

 



Fonte.:Saúde Abril

Leia mais

Rolar para cima