Apesar da empolgação, os cientistas fazem uma ressalva importante. “Em primeiro lugar, não encontramos vida em Encélado e não encontramos nenhuma bioassinatura”, afirmou Khawaja.
O pesquisador reconheceu também os limites tecnológicos da missão. “Mesmo que essas coisas existissem lá, duvido que as encontrássemos nos dados dos instrumentos da Cassini, que são uma tecnologia com décadas de idade. Entretanto, temos evidências convincentes de que todas as três pedras fundamentais da habitabilidade — água líquida, uma fonte de energia e elementos essenciais e orgânicos — existem em Encélado”, disse.
Os grãos de gelo coletados pela sonda foram decisivos para a descoberta. Expelidos apenas minutos antes do sobrevoo, eles chegaram praticamente intactos aos instrumentos da Cassini, sem sofrer alterações provocadas pela radiação espacial, o que preservou as informações químicas do oceano subterrâneo.
A exploração de Encélado deve avançar nos próximos anos. A ESA (Agência Espacial Europeia) já planeja uma missão dedicada à lua de Saturno, considerada por muitos como o alvo mais promissor para a busca de sinais de vida fora do planeta Terra.
Encélado é, e deve ser classificado, como o alvo principal para explorar a habitabilidade e pesquisar se há vida ou não. Nozair Khawaja
* Com informações da Reuters.
Fonte.:UOL Tecnologia.: