O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira (7) o desbloqueio das redes sociais do influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Os perfis estavam fora do ar desde junho de 2023.

Monark é alvo de uma investigação da Corte por suposta incitação ao crime em postagens nas redes sociais. A Polícia Federal apontou que ele teria disseminado desinformação contra as instituições e o Estado Democrático de Direito.

Já Monark afirma que virou alvo do Judiciário por criticar medidas consideradas abusivas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o período eleitoral de 2022.

Na nova decisão, Moraes considerou que a restrição pode ser levantada diante do avanço das investigações. “No atual momento da investigação, entretanto, não há necessidade da manutenção dos bloqueios determinados nas redes sociais, devendo, somente, ser excluídas as postagens ilícitas que deram causa à decisão judicial”, disse.

No entanto, o ministro manteve a ordem para que as postagens consideradas ilícitas permaneçam excluídas e fixou multa de R$ 20 mil em caso de “promoção, replicação e/ou compartilhamento com conteúdo que possa caracterizar grave e ilícita desinformação e discursos de ódio”.

Monark mora nos Estados Unidos desde setembro de 2023, quando disse à Gazeta do Povo que precisou deixar o Brasil por ter se tornado um “perseguido político”. Grande parte das críticas feitas por ele nas redes sociais foram direcionadas ao então a Moraes, então presidente do TSE.

O influenciador teve todas as redes sociais bloqueadas, em junho de 2023, após publicar uma entrevista com o deputado Filipe Barros (PL-PR). Na ocasião, Barros citou supostas fragilidades das urnas eletrônicas com base em inquérito aberto a pedido do próprio TSE.