O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), participou do ato pró‑Bolsonaro “Reaja Brasil”, realizado neste último domingo (03/08), na Praça 8 de Abril (também conhecida como Praça do Choppão), em defesa da anistia ao ex‑presidente Jair Bolsonaro, e contra o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes, em defesa da democracia, liberdade de expressão e retorno conservador nas urnas.
O ato reuniu centenas de manifestantes vestidos de verde e amarelo, com bandeiras do Brasil e dos EUA, e contou com um trio elétrico para discursos de várias lideranças, incluindo deputados federais, estaduais, vereadores, e a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, além do próprio Brunini.
O ato teve início por volta das 16h, reuniu em torno de centenas de participantes — embora alguns organizadores esperassem até 5 mil pessoas — e contou com a presença maciça de pessoas vestindo verde e amarelo, portando bandeiras do Brasil e dos EUA. O clima foi embasado em discursos de repúdio ao governo Lula e críticas à atuação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Durante o evento, Brunini fez críticas duras ao STF, disse que o Brasil vive a “maior perseguição política da história”, e comparou Bolsonaro a “Batman na prisão” ou “Superman de tornozeleira”, e Lula a um “Coringa no poder”. Ele também convocou participantes a repudiar decisões do STF e citou os preços altos de alimentos, combustíveis e picanha como parte do descontentamento popular.
“Aqui em Mato Grosso não tem nenhum prefeito do PT. Aqui em Cuiabá não tem nenhum vereador do PT. Então respeitem a maioria”. Em Várzea Grande tem vereador do PT? questiona Abilio para a prefeita Flávia Moretti. A gestora responde enfática: “Não”.
O prefeito bolsonarista cita o artigo 5º da Constituição. “Todos somos iguais perante a lei. Apesar de não ser verdade, não existe na Constituição e nenhum dos seus parágrafos ou artigo a palavra “Todes” são iguais perante a lei. Nós estamos aqui hoje porque o nosso pais não está certo. As coisas não estão funcionando bem….Essa manifestação só não é maior pelo medo do povo as reataliações. Essa manifestação não é maior porque o povo tem medo da perseguição que nós estamos passando. Mas nas urnas, esse povo vai mostrar de que lado está”.
O liberal afirmou: “Estamos aqui defendendo a nossa liberdade, o Estado Democrático de Direito, o respeito aos três poderes.”
Os manifestantes exibiram cartazes com dizeres como “Fora Moraes”, “Golpe é eleição sem Bolsonaro”, e entoaram versos do hino nacional, evocados como símbolo de resistência . Além disso, rebateram medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, vistas como símbolo de censura.
Durante seu discurso, Brunini usou metáforas de super-heróis e vilões para adaptar o contexto político: comparou Bolsonaro a “Batman na prisão” ou “Super‑homem de tornozeleira” e classificou Lula como “Coringa no poder”.
Os protestos ocorreram também em outras capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Belém e Campo Grande.
Os atos acontecem em um contexto de restrições judiciais impostas a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa aos fins de semana.
O ex-presidente é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A ação penal, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga se Bolsonaro atuou para permanecer no poder, mesmo após o resultado das urnas.
Fonte.: MT MAIS