Mato Grosso do Sul é reconhecido nacionalmente pelas belezas naturais vindas da fauna e flora presentes na região que engloba, principalmente, os biomas Pantanal e Cerrado. E no mês de junho, em que são realizadas ações voltadas à sensibilização da preservação ambiental, pequenos negócios do Estado se destacam com iniciativas que vão além desta necessidade e fomentam o desenvolvimento sustentável. Em 2025, startups e empresas locais aliam inovação, impacto social e viabilidade econômica, com o respeito ao meio ambiente e a qualidade de vida da população, ao adotar boas práticas e oferecer soluções responsáveis ao mercado.

Em Campo Grande, a Digna Engenharia é um exemplo de negócio que alia, desde que foi fundada em 2018, impactos positivos sociais e ambientais. Com o propósito de oferecer dignidade à população por meio de melhorias habitacionais acessíveis, a empresa oferece consultorias, construções e reformas de baixo custo para possibilitar que pessoas de baixa renda possam sonhar com lares seguros de infraestrutura adequada e com saneamento básico, algo que está alinhado aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030.

“Nosso intuito foi democratizar o acesso à engenharia e quebrar o estigma de que esse tipo de serviço é ‘coisa de gente rica’. Todos devem ter o direito de contar com profissionais especializados, independentemente da classe social, então, trabalhamos para que pessoas em situação de vulnerabilidade econômica possam ter uma moradia digna, ampliando o acesso à serviços essenciais”, pontua a engenheira civil Evelin Mello que está à frente do negócio.

Para desenvolver as soluções que oferece, a Digna Engenharia contou com o apoio do Sebrae/MS, por meio do Living Lab – Laboratório de Inovação e Prototipagem da instituição. Um dos grandes diferenciais do negócio são as chamadas “obras sociais”, projetos voltados a famílias em situação de moradia precária, residentes em comunidades vulnerabilizadas e com renda de até dois salários-mínimos. Nessas iniciativas, pessoas interessadas podem enviar uma proposta de solicitação de reforma, que passa por uma avaliação técnica. Se aprovada, a Digna realiza a reforma completa de um cômodo da residência.

Além de trazer novos horizontes para as famílias atendidas, a empresa também atua com consciência ambiental. “Nós já trabalhamos com o uso consciente dos recursos naturais, como a água e a redução do consumo de energia. Mas vamos além: trabalhamos fortemente com o reaproveitamento de resíduos. Muitos dos nossos clientes realizam reformas e modernizações, retirando materiais que ainda estão em bom estado. Em vez de esses itens irem para a caçamba, nós os reaproveitamos e redistribuímos, destinando-os a pessoas da comunidade que estão em situação de vulnerabilidade social”, complementou.

Referência em sustentabilidade

A adoção de boas práticas ligadas à sustentabilidade e preservação do meio ambiente se fazem ainda mais necessárias em negócios que estão imersos em paraísos naturais como é o caso do Parque Ecológico do Rio Formoso, localizado em Bonito. Como um dos cartões postais da cidade que é referência internacional em Ecoturismo, o espaço alia a experiência dos visitantes em meio às belezas naturais, com iniciativas sustentáveis, sendo um dos poucos empreendimentos da região Centro-Oeste brasileira a ser considerado Lixo Zero e possuir o Selo ISO 21101 – certificação internacional voltada ao turismo de aventura.

Com 200 hectares dedicados à preservação ambiental, o local utiliza a geração de energia limpa, aplica a separação de resíduos e faz uso consciente da água. Segundo Vanessa Miranda, gerente do Parque, o cuidado da administração com o meio ambiente tem atraído turistas mais conscientes e incentivado o público na adoção de boas práticas quando retornam para a casa, como a diminuição do uso de utensílios descartáveis. “Desde o início das operações, o Parque Ecológico Rio Formoso tem alcançado resultados concretos e expressivos na redução do impacto ambiental, impulsionados pela implementação do Programa Lixo Zero. Todos os colaboradores participam de treinamentos periódicos focados em educação ambiental, o que fortalece a comunicação e a sensibilização junto ao público”, expôs.

Todo esse trabalho é necessário para preservar o local onde o Parque está inserido: ao longo do curso do rio, as águas cristalinas formam cachoeiras e piscinas naturais, uma área denominada Monumento Natural do Rio Formoso. Criado em 2003, como uma unidade de conservação, o Monumento gerou iniciativas de preservação como o projeto Amigos do Formoso e a implementação de uma estação meteorológica adquirida em campanha com o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), que desenvolve estudos sobre a capacidade de carga do rio e promove o monitoramento diário da qualidade da água, com controle de turbidez, nível do rio e pluviometria.

Esses dados são compartilhados com órgãos públicos como a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Bonito e a Câmara Técnica de Conservação de Solo e Água, subsidiando políticas públicas baseadas em diagnósticos ambientais atualizados. Além disso, o Parque estimula a economia circular por meio da doação de materiais recicláveis a associações e projetos sociais que geram renda a partir da produção de peças artesanais. “A iniciativa transformou a gestão interna, fortaleceu vínculos com parceiros e promoveu impactos positivos na comunidade local, consolidando o Parque como referência nacional em turismo sustentável e economia circular, ajudando a manter o equilíbrio ecológico do entorno do Rio Formoso”, concluiu a gerente.

–

Para mais informações de ações realizadas por pequenos negócios apoiados pelo Sebrae/MS, entre em contato com a Central de Relacionamentos do Sebrae/MS pelo número 0800 570 0800, ou por meio do site ms.sebrae.com.br.