O NoBar é um endereço boêmio de fina estirpe, ainda que a ambientação remeta a um boteco, no estilo emperiquitadamente simples. As prateleiras espelhadas, parecidas com aquelas de pé-sujo antigo, guardam, no alto, garrafas de bebida populares, como “conhaque” de alcatrão.

Parecem estar lá mais para enfeitar que para serem esvaziadas. Sequer constam na carta. Importa mesmo é o local agradável para passar algumas boas horas. E não estamos falando só da matriz, na Rua Guarará. Esta resenha diz respeito à nova unidade, aberta em outubro na Rua da Consolação, também na região dos Jardins, onde por mais de duas décadas morou a confeitaria Carole Crema.

Trata-se de uma esquina agradável, com janelas para arejar, ainda que com mesas apertadinhas no salão de 100 metros quadrados. O cardápio do chef e sócio Gustavo Rozzino traz bons petiscos, sanduíches e pratos na unidade pioneira, onde tem os mesmos itens mas ganha o apoio de uma grelha. São assados só aqui cortes como a picanha (R$ 95,00, meia; R$ 189,00, inteira) e a fraldinha (R$ 79,00 e R$ 157,00).

O ponto não é perguntado pelo garçom (ao menos, não foi na visita), e a carne surge ao ponto, às vezes perigando para o bem passado. Para quem não come bichos, a cozinha prepara na brasa o duo de couve-flor e acelga bok choi (R$ 49,00). Os acompanhamentos são fartos, entre eles a farofa tostadinha de banana e farinha de mandioca (R$ 29,00).

Dos coquetéis, o rabo de galo (R$ 35,00) chegou aguadinho e não honrou a bandeira botequeira. Vale mais ir de cervejas populares, com preços a partir de R$ 19,00 (600 mililitros), e o chope, a R$ 13,90 (Brahma).

Avaliação: BOM (✪✪✪)

NoBar
Rua da Consolação, 3161, Jardim Paulista, 99214-6934. (36 lugares). 12h/23h (dom. 12h/19h; fecha seg.). Rolha: R$ 75,00. Aberto em 2025.

Publicado em VEJA São Paulo de 21 de outubro de 2025, edição nº 2971.

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