A terapia CAR-T é considerada uma das maiores revoluções da oncologia moderna. A técnica consiste em retirar células de defesa do próprio paciente, reprogramá-las em laboratório e devolvê-las ao organismo para que reconheçam e destruam células tumorais.

O método já mostrou resultados expressivos contra linfomas não-Hodgkin e leucemia linfoblástica aguda, atingindo diferentes faixas etárias.

Mas, apesar do avanço, um desafio persistia: as células CAR-T podem desenvolver uma espécie de exaustão, perdendo força para manter o ataque contínuo aos tumores. Entender o que causa esse esgotamento — e como evitá-lo — tornou-se essencial para prolongar a eficácia da terapia.

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Foi isso que motivou um grupo de pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center a investigar um complexo de proteínas encontrado nas células CAR-T, diretamente associado à fadiga celular. Ao analisar esse mecanismo, o time buscou uma forma de interrompê-lo.

A solução veio por meio de drogas específicas capazes de bloquear o complexo proteico. Em testes realizados com animais, a estratégia mostrou resultados promissores: as células CAR-T recuperaram vitalidade, passaram a se proliferar mais e fortaleceram sua capacidade de ataque às células tumorais.

O resultado disso foi uma resposta mais robusta e prolongada contra o câncer. O achado aponta caminhos para potencializar ainda mais essa tecnologia já transformadora.

Não à toa, a pesquisa foi a vencedora da categoria Terapias e Tratamentos Inovadores do Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.

Assista ao vídeo e entenda porque essa descoberta é tão significativa.

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