6:26 PM
9 de setembro de 2025

Oficial da PM acusado de transformar quartel em cenário de estupro e assédio é preso em Cuiabá

Oficial da PM acusado de transformar quartel em cenário de estupro e assédio é preso em Cuiabá

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O tenente-coronel Alexandre José Dall Acqua, ex-comandante da Polícia Militar em Juína, se apresentou nesta segunda (08) à Justiça Militar e foi preso em Cuiabá. Ele  foi encaminhado a uma unidade militar em Cuiabá, sob suspeita de ter cometido crimes de estupro e assédio sexual contra mulheres. O militar já havia sido exonerado no mês passado, após a corporação receber a denúncia de que ele teria estuprado uma estagiária sob seu comando, além de assediar outras mulheres.

Segundo informações da Polícia Militar, a prisão foi decretada pela Justiça Militar a pedido do Ministério Público, após a coleta de indícios que reforçam a gravidade das acusações. Ele está custodiado em dependências da própria corporação, em regime especial, como prevê a legislação para policiais militares.

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O caso ganhou repercussão depois que uma estagiária relatou ter sido estuprada em ambiente de trabalho, sob ameaça velada de retaliação profissional. Outras mulheres também denunciaram ter sido vítimas de assédio sexual e moral por parte do oficial, o que fortaleceu o inquérito e levou à exoneração imediata dele em agosto.

De acordo com investigadores, a denúncia inicial foi fundamental para encorajar outras vítimas a se manifestarem. “Esses crimes costumam ocorrer em ambientes hierárquicos fechados, onde há medo de represália. A coragem da primeira denunciante foi determinante para que outras mulheres se sentissem seguras em falar”, explicou uma fonte ligada às investigações.

A Polícia Militar de Mato Grosso afirmou que não tolera condutas criminosas entre seus integrantes e que a prisão é resultado do compromisso institucional em apurar os fatos com rigor. “A PM reitera seu compromisso com a proteção da sociedade e com a defesa dos direitos das mulheres. As denúncias estão sendo investigadas e as vítimas contam com apoio da corporação”, disse o comunicado.

O oficial deve responder tanto na esfera penal, pelos crimes de estupro e assédio sexual, quanto na esfera administrativa, o que pode culminar em expulsão definitiva da PMMT. O processo corre em segredo de justiça para preservar as vítimas.

A defesa do investigado, patrocinada pelo advogado Geraldo Bahia, esclarece que ele se apresentou espontaneamente ao Juízo da 11ª Vara Criminal da Justiça Militar da Comarca de Cuiabá, convicto de sua inocência e determinado a esclarecer os rumores que colocaram em dúvida sua reputação construída ao longo de mais de duas décadas de serviços prestados à segurança pública. A defesa também lamenta profundamente o vazamento de informações de uma investigação interna, que deveria estar sob sigilo, por entender que tal exposição causa danos irreparáveis à imagem do acusado e afronta princípios básicos do devido processo legal.

A inocência do meu cliente será comprovada por meio de fatos e pela palavras das testemunhas como a responsável pelo controle de acesso do estabelecimento, no qual uma das vítimas afirma ter sofrido um abuso, que afirma categoricamente que, além de o local ser trancado no período noturno, o acusado lá não esteve na data dos fatos. Essa versão reforça a linha defensiva de que não há qualquer vínculo entre o policial e os acontecimentos apurados. Por fim, o acusado reafirma sua confiança em uma apuração correta, justa e imparcial, colocando-se inteiramente à disposição da Justiça e das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários.





Fonte.: MT MAIS

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