Acontece em setembro deste ano a segunda edição da Olimpíada do Tesouro Direto da Educação Financeira (Olitef), com inscrições abertas para escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

Parceria entre o Tesouro Nacional e a B3, a Bolsa de Valores do Brasil, a competição avalia o conhecimento de jovens em temas como finanças pessoais, matemática financeira básica e investimentos.

No ano passado, participaram da Olitef mais de 546 mil alunos de 2.234 cidades, o equivalente a 43% dos municípios do país. Em 2025, a competição expande as inscrições para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, e pretende atrair 5 milhões de participantes.

Em março, a iniciativa sorteou, dentre as participantes de 2024, duas escolas públicas por estado para receber R$ 100 mil de investimentos em infraestrutura. Ao todo, 54 instituições foram contempladas, sendo 33 estaduais, 18 municipais e três federais.

Além disso, 182 professores da rede pública receberam R$ 8.000 em títulos do Tesouro Direto cada. No total, a iniciativa distribuiu R$ 7,56 milhões em prêmios.

A segunda edição da prova está marcada para o dia 9 de setembro, com inscrições até o dia 1º de setembro. Para participarem, os alunos devem ser inscritos pelas escolas.

Haverá nova premiação para as escolas públicas inscritas, que receberão os números do sorteio no momento do cadastro.

Todos os estudantes cadastrados na plataforma da Olitef terão acesso gratuito a material preparatório e resultados da prova, além de receberem um certificado digital de participação.

Letramento financeiro

Um estudo de 2024 da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) avaliou o letramento financeiro de jovens de 15 anos em 20 países. O Brasil ficou entre os três piores resultados, a frente apenas da Malásia e da Arábia Saudita.

A avaliação dividiu os alunos em cinco níveis de proficiência. Cerca de 45% dos brasileiros avaliados ficou no nível 1 ou abaixo dele, contra uma média de 18% da OCDE.

Neste estágio, o aluno é capaz de diferenciar necessidades e desejos, tomar decisões simples sobre gastos cotidianos e entender documentos financeiros básicos, como boletos.

Apenas 2% dos jovens brasileiros alcançaram o nível 5, que inclui habilidades como planejar o futuro, aprender a poupar, analisar produtos financeiros complexos e compreender o panorama financeiro de forma ampla.