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30 de julho de 2025

Orfeu, uma das pioneiras na produção de café especial no Brasil, completa 20 anos

Orfeu, uma das pioneiras na produção de café especial no Brasil, completa 20 anos

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Até os anos 2000, o Brasil exportava um dos melhores cafés do mundo — e consumia um dos piores. Essa realidade mudou com o trabalho de marcas como a Orfeu, que ao longo dos últimos vinte anos introduziu no paladar brasileiro uma modalidade da bebida até então pouco conhecida: o café especial.

O termo refere-se a um café de altíssima qualidade sem nenhum defeito primário, como grãos verdes ou passados e ainda pedaços de galhos e folhas. A classificação também prevê que a cadeia de produção seja rastreável e sustentável. Além disso, a bebida precisa ter no mínimo 80 pontos na avaliação sensorial, uma nota (que vai de 0 a 100) dada pelos Q-graders, especialistas capazes de identificar as mais de 100 diferentes notas que podem estar presentes na infusão. Os critérios são estabelecidos pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

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(Araquém Alcântara/Divulgação)

A Fazenda Sertãozinho, onde começou a empreitada da empresa ainda sem o nome atual, já plantava grãos de alta qualidade desde 1940, mas a produção era destinada somente para o mercado externo. Localizada em Botelhos, no sul de Minas Gerais, a propriedade se beneficia de um solo vulcânico rico em minerais e da grande amplitude térmica da região — dias quentes e noites frias que prolongam a maturação dos frutos e realçam o sabor.

Até que, em 2005, foi criada a Orfeu, que leva o nome do personagem da mitologia grega celebrado por sua relação com a música e a poesia. A imersão no mundo das artes não parou no nome. Em 2019, virou o café oficial da SP-Arte, e desde então lançaram edições especiais em homenagem aos 115 anos da Pinacoteca, a Vinicius de Moraes, ao centenário da Semana de Arte Moderna, aos 75 anos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Oscar Niemeyer.

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O café clássico da Orfeu tem 84 pontos de avaliação sensorial — outras variedades podem chegar a 86. Para atingir essa classificação, o café passa por um processo meticuloso, que busca eliminar qualquer impureza e selecionar apenas os melhores grãos. Uma parte fundamental é a triagem rigorosa da matéria-prima: em diferentes etapas, ela é separada por tamanho, peso e cor, utilizando-se peneiras, sistemas de flotação e equipamentos de alta tecnologia, como uma máquina que, com espectro de cor, separa somente os grãos com coloração ideal. Essa padronização garante a uniformidade do lote e a preservação das características sensoriais desejadas. Os dez Q-Graders da marca também provam cada lote de café em diferentes etapas da produção, para assegurar a qualidade do produto e o respeito aos parâmetros necessários para alçá-lo à categoria de especial.

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(Araquém Alcântara/Divulgação)

“A Orfeu é uma das empresas que trouxeram essa possibilidade de explorar o lado sensorial do café”, explica o diretor de marketing Fábio Gianetti. Algumas das mais de trinta variedades de café plantadas nas três propriedades podem ser apreciadas na linha Varietais, que permite saboreá-las individualmente. A marca lançou em 2023 a Confraria, um clube de assinatura para apaixonados por café. Os participantes ganham a cada mês um kit com um microlote — uma pequena parcela da produção que é separada por ter características especiais — e têm acesso a conteúdos educativos e brindes.

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Nessas duas décadas, a Orfeu ganhou 31 prêmios do Cup of Excellence, o Oscar do café. E pretende colecionar mais nos próximos anos. “Nunca seremos uma gigante do café, não é o que queremos. Mas, sim, ser referência em qualidade”, declara Gianetti.

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(Veja SP/Veja SP)

Publicado em VEJA São Paulo de 11 de julho de 2025, edição nº2952.

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Fonte.: Veja SP Abril

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