Mas, a viabilidade do negócio depende de uma dura negociação com as líderes do mercado. já que, nas contas da Nio, a empreitada só valeria a pena se o aluguel no atacado da infraestrutura de rede tivesse um desconto de 20% a 30% dos preços aplicados no varejo.
Mesmo que o acerto seja de difícil concretização, essa é a hipótese que a empresa considera ideal e a que mais aposta suas fichas e considera. Procurada, a empresa não quis se pronunciar sobre esse assunto. No entanto, a companhia não descarta participar dos próximos leilões de radiofrequência promovidos pela Anatel, afirma Marcio Fabbris, presidente da Nio.
Segundo o executivo, a empresa tem capacidade financeira para entrar na disputa. Mas só se as condições diz, forem favoráveis. Essa decisão não deve demorar tanto a sair, já que a agência deve realizar um leilão dentro de dois ou três anos das frequências a serem usadas no que virá a ser o 6G.
Por que é importante?
Quando saiu da telefonia celular, a Oi praticava os menores preços do mercado. Segundo levantamento do Idec em novembro de 2021, o preço do Gigabite de um plano pré-pago era vendido por um quinto do valor aplicado pelas concorrentes em São Paulo.
Se hoje, as três grandes fornecem 95% das linhas de celular do país —Vivo (38,5%), Claro (33,2%) e TIM (23,4%)—, antes de a Oi sair de cena, a concentração entre elas era menor, de 80% —Vivo (33%), Claro (27%) e TIM (20,4%), em janeiro de 2022. Uma companhia com apetite para atuar em escala nacional poderia dinamizar o setor.
Fonte.:UOL Tecnologia.: