O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira o plano da UE (União Europeia) para eliminar gradualmente as importações de gás russo até o final de 2027, superando o penúltimo obstáculo legal para que a proibição entre em vigor.

A UE concordou no início deste mês com a legislação para romper relações com a Rússia, antiga principal fornecedora de gás da Europa, cumprindo a promessa feita após a invasão da Ucrânia por Moscou em 2022.

Ente os parlamentares 500 votaram a favor, 120 contra e 32 se abstiveram. A proibição ainda precisa da aprovação formal dos ministros da União Europeia, prevista para o início do próximo ano. As autoridades esperam que os países aprovem o acordo sem alterações.

A lei foi feita para ser aprovada por uma maioria reforçada de países, permitindo-lhe superar a oposição da Hungria e da Eslováquia, que desejam manter laços estreitos com Moscou.

Segundo o acordo, a UE suspenderá as importações russas de gás natural liquefeito até o final de 2026 e de gás por gasoduto até o final de setembro de 2027.

Em outubro, a Rússia representava 12% das importações de gás da União Europeia, uma queda em relação aos 45% registrados antes da invasão da Ucrânia em 2022. Hungria, França e Bélgica estão entre os países que ainda recebem o gás.

A Comissão Europeia afirmou que também apresentará uma proposta legislativa no início de 2026 para eliminar gradualmente as importações de petróleo russo.