8:44 PM
6 de outubro de 2025

Peninha diz que está pouco se lixando para cancelamentos

Peninha diz que está pouco se lixando para cancelamentos

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O escritor, jornalista e youtuber Eduardo Bueno, mais conhecido como “Peninha”, voltou a desprezar a onda de críticas e cancelamentos. Apesar de admitir seu erro, disse estar “pouco se lixando” em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo.

Ele afirmou que ter comemorado a morte de um influenciador americano de direita, Charlie Kirk, gerou o que ele chama de uma “tentativa de cancelamento”, mas reconheceu ter errado na forma como se expressou. “Me arrependo da forma, mas não do conteúdo. O mundo fica melhor sem pessoas como Charlie Kirk”, disse Peninha ao jornal.

O vídeo que gerou a controvérsia foi publicado em 12 de setembro e, em seguida, apagado de sua conta do Instagram. Nele, o escritor disse que “é terrível um ativista ser morto por ideias, exceto quando é Charlie Kirk”. Ele chegou a citar as filhas do americano, dizendo que a morte do pai seria “bom para elas”.

Peninha e a onda de cancelamentos

As declarações tiveram uma rápida repercussão e resultaram no cancelamento de duas palestras — uma na Livraria da Travessa, em Porto Alegre, e outra na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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Em nota, a PUCRS escreveu que “reforça o compromisso com a liberdade de expressão, mas repudia qualquer manifestação contrária à vida e à dignidade humana”.

Peninha tem podcast encerrado

A repercussão também levou ao encerramento do podcast “Nós na História”, que Bueno apresentava havia três anos e que contava com mais de 100 episódios. O comunicado oficial informou que o programa foi encerrado “em vista dos últimos acontecimentos”.

Além disso, o escritor foi afastado do Conselho Editorial do Senado Federal (CEDIT) após pressão de parlamentares. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, disse que “era para ter demitido esse rapaz no momento em que o vídeo chegou ao meu conhecimento”.

Peninha e seu contrato com a Caixa

Outra polêmica veio à tona com a divulgação de um contrato de R$ 3,2 milhões entre Eduardo Bueno e a Caixa Econômica Federal. O escritor firmou um projeto que celebra os 165 anos da instituição, previsto para 2026.

O acordo prevê a reedição e ampliação da biografia da Caixa, escrita por Bueno em 2002 e atualizada em 2010, além de uma websérie documental de 12 episódios.

Em nota, a Caixa informou que o contrato “foi firmado por inexigibilidade de licitação, uma vez que o autor detém os direitos autorais da obra”, e que “todas as etapas estão sendo cumpridas conforme o cronograma previsto”.

De acordo com informações do Estadão, o valor inclui todas as etapas de produção, sob responsabilidade da empresa Buenas Ideias, pertencente ao escritor.

Peninha e sua lista de comemoração de morte

Antes de celebrar o assassinato do ativista americano Charlie Kirk o jornalista e escritor gaúcho já havia festejado e até mesmo desejado a morte de muitas personalidades. Com um detalhe: todas são ou foram ligadas ao campo político da direita.

Recentemente, em um podcast, Bueno comentou a morte do jornalista José Roberto Guzzo, veterano da imprensa e colunista da Gazeta do Povo, com um exultante “Que maravilha!”. Em outra entrevista, confessou ter “vibrado” com a partida de figuras como Ronald Reagan, Henry Kissinger, Margaret Thatcher e o ex-presidente Médici.

Sobre Olavo de Carvalho, a quem chamou de “escroto” e “terraplanista”, ele afirmou: “Um cara que mata urso não merece viver neste planeta” (referindo-se ao gosto do filósofo pela caça).

A lista dos ainda vivos que, para Peninha, deveriam morrer é grande. Segundo o escritor, o músico Roger Moreira, do grupo Ultraje a Rigor, deve ter “um fim horroroso, desastroso”. Já a deputada estadual antifeminista Ana Campagnolo (PL-SC) “sequer deveria viver”.

“Não vou me calar”, diz Peninha

Eduardo Bueno, de 67 anos, afirmou ter recebido apoio reservado de nomes do meio cultural e disse que parte das reações contrárias teria sido impulsionada por robôs.

“Errei na forma, mas não no conteúdo. E não vou me calar. Continuo lutando por um Brasil e um mundo mais livres e democráticos”, declarou.

Bueno é autor de mais de 30 livros, entre eles os volumes da Coleção Brasilis — A Viagem do Descobrimento, Náufragos, Traficantes e Degredados, Capitães do Brasil e A Coroa, a Cruz e a Espada — além de Brasil: Uma História. Também é apresentador do canal Buenas Ideias, no YouTube, com mais de 1,5 milhão de inscritos.



Fonte. Gazeta do Povo

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