O chefe da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, repetiu nesta terça-feira (9) o discurso do presidente Lula em defesa da soberania e acrescentou que “transloucados” que tentam intimidar apenas “dão combustível para seguirmos firmes na nossa luta em defesa do Brasil e dos brasileiros”.
“Vivemos tempos desafiadores. Mas registro uma vez mais que a PF não se afastará um milímetro de sua missão constitucional e nem se intimidará com ataques covardes e vis venham de onde vierem”, declarou. “Quanto mais alguns transloucados imaginam estar intimidando, estão na verdade dando combustível para seguirmos firmes na nossa luta em defesa do Brasil e dos brasileiros”, disse ele.
A declaração foi dada durante discurso na cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, em Manaus, no mesmo horário em que o STF (Supremo Tribunal Federal) julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de Lula, o evento contou com a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e também com a vice-presidente do Equador, María José Pinto.
“Seguiremos firmes no desempenho das nossas atribuições, e sobretudo no intransigente enfrentamento ao crime organizado, em todas as suas facetas. Na defesa das instituições democráticas do nosso país e na soberania do Brasil, como temos feito desde o início da nossa gestão, com a segurança de quem cumpre a lei com responsabilidade”, continuou Andrei.
Sem citar nomes, o chefe da PF também fez críticas ao período da Operação Lava Jato, que resultou na prisão de Lula.
“Eu desafio a todos os presentes a mencionar o nome de um policial federal que esteja em destaque. Um japonês da Federal. Um hipster da Federal. O tempo de entrevistas espalhafatosas ficou no passado, de pré-condenações de investigados, de imprensa na porta da casa de alvos de operações, e a criação de mitos e heróis, ficou no passado”.
Segundo o governo federal, a nova unidade da PF, chamada CCPI Amazônia, com sede em Manaus, vai promover a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.
O CCPI tem investimento de R$ 36,7 milhões do Fundo Amazônia, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Fonte.:Folha de S.Paulo