O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se lançou à Presidência da República na sexta-feira (5) e ameaçou desistir por um preço dois dias depois, voltou atrás nesta segunda-feira (8) e afirmou que o projeto eleitoral dele é irreversível. “Minha candidatura não está à venda”, disse à Folha.

As falas de Flávio têm sido precificadas no mercado. Na sexta, depois do anúncio, a Bolsa registrou a maior queda desde fevereiro de 2021 e o dólar subiu mais de 2%. Nesta segunda, depois da ameaça de desistência, a bolsa voltou a subir e o dólar encerrou o dia em leve queda —o fechamento não chegou a capturar as reações ao novo recuo.

A sugestão de Flávio como candidato da direita em 2026, uma escolha que teria sido feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), gerou reações também no mundo político. Entre nomes do centrão, o senador é visto com desconfiança. Dirigentes de diferentes legendas também disseram à Folha que a família Bolsonaro diminuiu o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O Café da Manhã desta terça-feira (9) discute o que o mercado quer da política e que interesses tem para a eleição de 2026. Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, explica quem é, afinal, esse mercado e como ele precifica movimentos eleitorais.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon. A produção é de Laura Lewer e Lucas Monteiro, e a edição de som é de Thomé Granemann.