Ministros comentaram nesta terça-feira (29) os pedidos de políticos e empresários para que o presidente Lula (PT) telefone a Donald Trump para negociar a ameaça tarifária feita ao Brasil. Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que ligações entre chefes de Estado “não são telemarketing” e, neste caso, só devem acontecer se Trump indicar abertura.
Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que uma medida assim obedece a certos protocolos e lembrou casos em que Trump constrangeu líderes convidados à Casa Branca. Segundo ele, canais de diálogo estão sendo desobstruídos e, em outra frente, a equipe econômica já apresentou a Lula planos de contingência se a sobretaxa de 50% passar a valer.
Um sinal que foi lido como positivo pelo Brasil veio do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Sem citar o Brasil, ele disse que itens que não são produzidos pelos americanos —como manga, cacau e café— podem ter tarifa zero. O Brasil também tenta a exclusão de itens pontuais do tarifaço, entre eles aeronaves da Embraer.
O Café da Manhã desta quarta-feira (30) discute se Lula deveria ligar para Trump e, se sim, como poderia ser a conversa deles sobre tarifaço. Philip Yang, senior fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, explica o que está em jogo na diplomacia e analisa prós e contras no contexto da ameaça americana ao Brasil. Philip foi diplomata e participou de missões em Pequim e Washington.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.
Fonte.:Folha de S.Paulo