A prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, confirmou nesta segunda-feira (29) a terceira morte por suspeita de intoxicação por metanol no estado —dois dos óbitos foram registrados no município do ABC paulista e um, na capital. Os casos teriam sido provocados pelo consumo de bebida alcoólica adulterada.

Os episódios foram registrados inicialmente pelo Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) de Campinas, e as notificações foram encaminhadas ao Comitê Técnico do Sistema de Alerta Rápido do Ministério da Justiça. A pasta afirma que a adulteração é relevante também do ponto de vista de saúde pública, porque situações assim frequentemente resultam em surtos, com casos graves e taxa de letalidade alta.

O estado de São Paulo confirmou seis casos de intoxicação por metanol e outros dez são investigados. Entre as pessoas que ingeriram bebidas com suspeita de adulteração, há internados em estado grave. A polícia investiga a origem da bebida “batizada”; apenas em um bar de São Paulo, mais de cem garrafas de destilado foram levadas por agentes nesta segunda para análise.

O Café da Manhã desta terça-feira (30) fala dos casos de intoxicação por metanol e da adulteração de bebidas alcoólicas. A repórter da Folha Laiz Menezes conta o que acendeu o alerta das autoridades e o que as investigações já descobriram. E o toxicologista Alvaro Pulchinelli Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, explica os sinais de alerta e os riscos à saúde.

O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.

O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. A produção é de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Raphael Concli. A edição de som é de Raphael Concli.