O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foi palco de um incidente alarmante na tarde de terça-feira (12), quando um motorista de aplicativo entregou um malote contendo R$ 10 mil na sede da Corte, em Cuiabá. O mais surpreendente foi que o pacote estava endereçado ao presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, com seu nome e foto estampados como remetente — algo que ele categoricamente negou.
O motorista relatou que recebeu a encomenda de um homem em um veículo Corolla prata no estacionamento externo do Fórum de Cuiabá. Após aguardar próximo à guarita de entrada sem que ninguém aparecesse para retirar o pacote, ele procurou os policiais responsáveis pela segurança do prédio. Ao verificar o conteúdo, foi constatado que o malote continha dinheiro em espécie e a indicação de que teria sido enviado por Zuquim, o que ele negou.
Imagens de câmeras de segurança identificaram o suspeito como sendo o sargento da Polícia Militar Eduardo Soares de Moraes, lotado na Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). Ele se apresentou à sua companhia na manhã seguinte e foi encaminhado ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC) para prestar esclarecimentos.
Em um vídeo divulgado pelo TJMT, o desembargador Zuquim expressou sua indignação.“Lá estava o meu nome e a minha foto, como se eu fosse autor da remessa desse dinheiro. Isso me surpreendeu muito, me deixou estarrecido”, declarou o magistrado.
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A Coordenadoria Militar do tribunal iniciou apuração imediata e descobriu que o dinheiro havia sido entregue ao motorista por um homem em um Corolla prata, no estacionamento externo do fórum. As imagens das câmeras de segurança identificaram o suspeito como um policial militar.
Nesta quarta-feira, o Policial Militar envolvido se apresentou à sua unidade e foi posteriormente encaminhado ao Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisc). A origem do dinheiro e a finalidade da entrega estão sob investigação.
“Tudo isso merece uma apuração minuciosa para que se chegue à verdade dos fatos. Confio nas instituições e nas investigações, que certamente trarão à luz o que realmente aconteceu e por que aconteceu”, afirmou o desembargador.
Ele enfatizou a necessidade de uma investigação minuciosa para esclarecer os fatos. “Tudo isso merece uma investigação a miúdo, para se chegar à verdade dos fatos. Confio nas instituições e nas apurações, que certamente trarão à luz o que realmente aconteceu e o porquê aconteceu”, afirmou Zuquim.
Investigação em andamento
O Tribunal de Justiça não divulgou oficialmente a identidade do policial militar nem confirmou se já existem indícios sobre a motivação por trás da tentativa de entrega. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que busca entender as motivações por trás da ação do policial militar e se há outros envolvidos no esquema. A sociedade aguarda esclarecimentos sobre este episódio que abalou a confiança nas instituições públicas.
Fonte.: MT MAIS