A manhã desta quarta-feira (12) marca uma reviravolta na investigação sobre o esquema de decisões judiciais envolvendo o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves. A Polícia Federal (PF) executou o mandado de prisão após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), remetendo-o novamente ao regime fechado.
A equipe da Polícia Federal foi hoje até a residência de Andreson, em Primavera do Leste (MT), para cumprir a ordem de prisão convertendo a prisão domiciliar em regime fechado.
O mandado foi emitido em razão das investigações que o apontam como peça-chave no esquema de “venda de sentenças”, envolvendo tribunais estaduais e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em outubro, Policiais Federais já haviam cumprido busca e apreensão na casa do lobista. Na ocasião, o segurança de Andreson foi preso por obstrução à investigação.
A prisão domiciliar havia sido concedida em julho de 2025, tendo sido considerada necessária devido ao estado de saúde grave do investigado — na ocasião, ele havia perdido cerca de 30 kg.
A defesa manifestou surpresa e contestou a nova decisão, afirmando que o STF ignorou exames clínicos anteriores ao converter o regime de detenção.
O caso tramita sob sigilo de justiça, o que limita a divulgação de detalhes sobre os laudos, perícias e demais elementos da investigação pública.
As investigações da Operação Sisamnes apontam que Andreas teria atuado como intermediário em decisões judiciais antes de serem oficialmente publicadas, articulando influência sobre magistrados de tribunais estaduais e do STJ.
A prisão desta quarta-feira reforça o movimento das autoridades em converter prisões domiciliares em regime fechado quando consideram haver risco de continuidade da atuação criminosa ou interferência na coleta de provas.
Fonte.: MT MAIS
