4:37 PM
7 de julho de 2025

Prefeito denuncia ‘boicote’ em nota fiscal e afirma que “servidores criam narrativas equivocadas”

Prefeito denuncia ‘boicote’ em nota fiscal e afirma que “servidores criam narrativas equivocadas”

PUBLICIDADE


Reprodução

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), confirmou na última sexta-feira (04) a existência de casos de boicote por parte de servidores efetivos da administração municipal. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa, após a vereadora Paula Calil (PL) levar o assunto à tribuna da Câmara, no dia anterior (03). Segundo ela, a conduta de alguns servidores estaria prejudicando o andamento de serviços públicos, especialmente na rede municipal de saúde.

De acordo com o prefeito, situações desse tipo foram identificadas em unidades básicas e até em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), onde profissionais teriam se recusado a seguir orientações determinadas pela gestão, como o atendimento por demanda espontânea.

A prefeitura, conforme relatado, já abriu mais de 20 processos administrativos disciplinares (PADs) e encaminhou outras denúncias para apuração da Controladoria-Geral do Município.

Entre no nosso grupo do WhatsApp e siga-nos também no Instagram e acompanhe nossas atualizações em tempo real.

“A gente não está expondo nenhum servidor publicamente, mas existem casos e eles estão sendo encaminhados para os setores responsáveis para a abertura dos devidos procedimentos”, afirmou Abilio, acrescentando que as condutas pontuais comprometem o atendimento e criam “narrativas equivocadas” sobre o funcionamento da rede.

Um desses episódios citado pelo prefeito envolve a denúncia da suposta compra de dipirona a R$ 7,00, que ganhou ampla repercussão na imprensa regional em abril. Na ocasião, vereadores usaram a informação e levantaram suspeitas sobre a gestão dos contratos de medicamentos no município.

Abílio atribuiu o caso a uma adulteração intencional no lançamento de uma nota fiscal, feita por um servidor, com o objetivo de gerar desgaste para a administração. Segundo ele, a prefeitura havia firmado licitação para adquirir o medicamento a mais ou menos R$ 1,19 por unidade. No entanto, o valor de R$ 7,00 foi digitado apenas em um item e divulgado a parlamentares da Câmara antes mesmo da prestação de contas ser publicada oficialmente no portal da transparência.

“A nota só chega a público quando a prestação de contas é feita, mas alguém alterou o valor e compartilhou isso com vereadores para tentar desgastar a gestão justamente quando estávamos recebendo novos lotes de medicamentos para a rede”, explicou o prefeito.

Abilio afirmou que o caso só chegou às mãos do vereador e repercutiu na imprensa porque a própria gestão identificou o erro e abriu um processo interno. “Só saiu na imprensa porque nós mesmos abrimos o procedimento. Como é público, alguém o compartilhou com os vereadores”, disse.

O episódio forçou a abertura de investigação interna e de um processo administrativo para apurar o caso. Na época, a denúncia virou pauta de sessões na Câmara, e vereadores cobraram explicações da Secretaria de Saúde e da gestão municipal.

Além desse episódio, o prefeito afirmou que mais de 20 PADs já foram abertos para apurar condutas de servidores que estariam tentando sabotar sua administração, especialmente na área da saúde. Ele evitou dar detalhes, mas garantiu que todas as denúncias estão sendo encaminhadas à Controladoria e aos setores competentes.

Entre os problemas apontados está o descumprimento de ordens administrativas, como a determinação para que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizem atendimentos por demanda espontânea.

“Alguns servidores simplesmente se recusam a cumprir. Em certos casos, o atendimento é feito de má vontade ou de forma irresponsável. Não são todos, claro, mas isso compromete o serviço”, completou.





Fonte.: MT MAIS

Leia mais

Rolar para cima