3:42 PM
7 de setembro de 2025

Projeto de lei quer proibir diárias de hospedagem com menos de 24 horas

Projeto de lei quer proibir diárias de hospedagem com menos de 24 horas

PUBLICIDADE



Um projeto de lei em análise na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pode mudar a forma como hotéis, pousadas e até plataformas como Airbnb e Booking oferecem suas diárias. O PL 3.788/25, apresentada pela deputada estadual Carol Caram, obriga que o período de hospedagem corresponda, de fato, a 24 horas, contando a partir da hora do check-in.

O que o PL propõe

Hoje, a maior parte dos estabelecimentos trabalha com o modelo de diária reduzida, ou seja, a entrada acontece no início da tarde e a saída no fim da manhã seguinte, o que na prática deixa o consumidor menos de um dia na estadia. Com a aprovação da proposta, essa prática seria proibida, e o hóspede teria direito a um período integral de 24 horas.

Como justificativa, a parlamentar cita o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor, que exige informações claras e o artigo 39, inciso 5, que proíbe vantagens consideradas abusivas. Para a deputada, a mudança garante transparência, boa-fé e equilíbrio na relação comercial.

No entanto, o projeto não passou sem críticas. A Associação Mineira de Hotéis de Lazer (AMIHLA) considera a medida inconstitucional e prejudicial ao turismo. A entidade alerta para aumento de custos, riscos à higienização dos quartos e para a redução de oferta. Segundo o presidente da associação, Alexandre Santos, a rotina dos hotéis ficaria inviável, já que o tempo entre uma saída e outra é usado para limpeza e preparação dos quartos.

Além disso, a AMIHLA lembra que a Lei Geral do Turismo já prevê que a diária pode ter até 24 horas e cita que outros projetos relacionados já foram rejeitados e validaram os horários atuais de check-in e check-out, desde que informados com clareza.

Continua após a publicidade

Próximos passos

O PL 3.788/25 já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e agora segue para análise nas comissões de Desenvolvimento Econômico e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte. Depois, passará pela votação preliminar no Plenário da ALMG. Caso aprovado, a proibição valerá para qualquer serviço de hospedagem em Minas Gerais.

Leia tudo sobre Minas Gerais

Compartilhe essa matéria via:

Continua após a publicidade

Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp



Fonte.:Viagen

Leia mais

Rolar para cima