O Brasil é o maior produtor, exportador e consumidor mundial do palmito. A princípio, o alimento era obtido de forma extrativista, especialmente das árvores de juçara e açaí. Mais recentemente, a adoção da pupunheira começou a mudar esse cenário.
A planta é nativa da Amazônia peruana e passou a ser cultivada especialmente na região Norte do Brasil, com destaque para o Amazonas e o Pará. Dela é possível aproveitar não só o palmito, mas também os seus frutos vermelhos e alaranjados.
Conheça mais sobre a pupunha e como ela pode contribuir para a sua alimentação.
+Leia também: Palmito: 4 benefícios dele para a saúde
Propriedades e benefícios da pupunha
A pupunheira é uma árvore que se desenvolve bem em climas tropicais com bastante umidade e diferentes tipos de solo, desde que bem férteis. Por isso, seu principal local de cultivo é a região Norte do país, embora haja plantações pelo Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
No caso da produção de palmito, a pupunheira se mostra uma alternativa eficaz em relação à juçara, já que a pupunha leva aproximadamente 15 meses para desenvolver os primeiros caules. Eles então se perfilam de forma múltipla, similar a uma bananeira, gerando matéria aproveitável durante todo o ano.

Já os frutos da pupunha têm potencial nutricional que ainda não foi muito explorado pela ciência. As pesquisas mais recentes indicam que a pupunha é rica em betacarotenos, precursor da vitamina A, e antioxidantes, sendo um alimento que contribui para a saúde ocular e cardiovascular.
Do ponto de vista do produtor, é preciso fazer uma escolha se haverá uma prioridade dada ao palmito ou aos frutos, já que a produção de um inviabiliza o outro.
Para aproveitar os frutos na alimentação, o indicado é cozinhá-los em água antes, em função da presença de uma enzima e um ácido que podem irritar a mucosa e dificultar a digestão após o consumo.
A pupunha também é bastante utilizada na fabricação de subprodutos, como geleias e farinhas com alta concentração de carboidratos, fibras, potássio e manganês. O óleo da pupunha vermelha, por exemplo, é uma boa fonte de ácidos graxos ômega 3 e 6.
As contraindicações da pupunha
Apesar da farinha da pupunha ser uma boa substituta da farinha de trigo, especialmente para pessoas que não podem comer glúten, estudos em desenvolvimento apontam que o seu consumo em excesso, bem como o da própria fruta, podem contribuir para o aumento de peso corporal e acúmulo de gordura no organismo.
A alta concentração de compostos fenólicos também pode comprometer o metabolismo das células do corpo. Por isso, seu consumo requer moderação.
Compartilhe essa matéria via:
Fonte.:Saúde Abril


