Nos últimos anos, diversas mudanças de pequena escala no regulamento mexeram com a Fórmula 1, mas poucas tiveram um impacto na preparação das equipes quanto a obrigatoriedade de ceder espaço para novatos nos treinos livres de sexta-feira. Porém, como é a regra no esporte, uma obrigação pode ter virado uma oportunidade…

Até o ano passado, as equipes eram obrigadas a colocarem novatos nos carros duas vezes por ano nos treinos de sexta, com cada piloto da dupla cedendo espaço uma vez. Para 2025, porém, esse total foi dobrado, indo de duas para quatro aparições de rookies em TLs ao longo da temporada.

Para termos de definição, a FIA considera novatos aqueles pilotos que não disputaram mais do que dois GPs de F1. E, por muito tempo, haviam dúvidas sobre como as equipes se programavam para receberem esses novatos, mas o polêmico julgamento entre Álex Palou e a McLaren trouxe uma informação curiosa à tona.

Segundo o Motor Sport Magazine, que teve acesso aos documentos do processo, o caso de Ryo Hirakawa mostra como que essa obrigação pode ter virado uma nova fonte de renda para as equipes. Em 2023, Palou fez um treino livre com a McLaren no GP dos Estados Unidos, já como parte da ligação do espanhol com o time de Woking. 

Por outro lado, Hirakawa, que correu com a McLaren no TL1 do GP de Abu Dhabi do ano passado, pagou 3,5 milhões de dólares (aproximadamente R$19 milhões) para participar da sessão, em um acordo que incluiu também dois testes TPC (com carros de pelo menos dois anos) em preparação.

Claro, cada equipe pode tratar o programa de novatos da forma que preferir, mas a revelação da McLaren traz à tona números interessantes sobre uma nova dinâmica que está surgindo no paddock.

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