4:46 PM
21 de novembro de 2025

Rede Américas realiza telecirurgia robótica pioneira no Brasil em paciente com câncer de próstata

Rede Américas realiza telecirurgia robótica pioneira no Brasil em paciente com câncer de próstata

PUBLICIDADE


O câncer de próstata continua sendo uma das neoplasias mais prevalentes na oncologia brasileira. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para o triênio 2023–2025 é de 71.730 novos diagnósticos por ano — o tumor mais incidente entre homens (excluindo pele não melanoma) e o segundo que mais leva a óbitos no país.

É diante dessa elevada incidência da doença que um importante marco tecnológico acaba de ocorrer: pela primeira vez na América Latina, uma cirurgia robótica foi realizada remotamente em caráter assistencial, fora do ambiente acadêmico ou simulado.

A operação conectou São Paulo e Porto Alegre em tempo real — com o urologista Rafael Coelho, do Hospital Nove de Julho, da Rede Américas, comandando o console na capital paulista para uma cirurgia em um paciente localizado em Porto Alegre.

“Realizar a primeira telecirurgia robótica da América Latina é um marco importante para a medicina. Essa conquista rompe barreiras geográficas e demonstra como conhecimento, expertise e tecnologia podem ultrapassar fronteiras físicas. Além de representar um avanço científico, o feito amplia o acesso à medicina de alta complexidade e fortalece a colaboração entre grandes centros e regiões com menor disponibilidade de especialistas”, comenta Rafael Coelho, cirurgião do Hospital Nove de Julho e responsável pela telecirurgia.

Rafael Coelho, cirurgião do Hospital Nove de Julho
Rafael Coelho, cirurgião do Hospital Nove de Julho (Rede Américas/Divulgação)
Continua após a publicidade

Implicações positivas para o tratamento do câncer de próstata

Quando a cirurgia é indicada, a prostatectomia robótica se consolidou como alternativa menos invasiva nos principais centros de referência. O robô utilizado nesta telecirurgia pioneira foi o Toumai. O sistema é empregado em diferentes especialidades e permite procedimentos menos invasivos, com visão ampliada em alta definição e em 3D. A ergonomia do console reduz a fadiga física em procedimentos longos, enquanto instrumentos que mimetizam o movimento humano — associados à filtragem de tremores — aumentam a precisão e a segurança nos movimentos delicados.

A plataforma amplifica o gesto humano, permitindo melhor visualização e precisão de movimento — o que pode contribuir para:
• menor sangramento
• menos dor no pós-operatório
• recuperação mais rápida
• maior preservação de continência e função sexual

Para o homem, isso não é detalhe: qualidade de vida no pós-operatório faz parte do desfecho. “O Hospital Nove de Julho, mais uma vez, entrou para a história da medicina. Neste ano, comemoramos o fato de sermos o primeiro hospital não filantrópico da América Latina a ter realizado 10 mil cirurgias robóticas e, agora, conduzimos a primeira telecirurgia robótica não experimental em território 100% nacional. Esse feito demonstra a capacidade ímpar do nosso corpo clínico, a robustez da nossa infraestrutura e o compromisso constante com a inovação em benefício do paciente”, afirma Raphael Oliveira, diretor-geral do Hospital Nove de Julho.

Continua após a publicidade

Raphael Oliveira, diretor-geral do Hospital Nove de Julho (Rede Américas/Divulgação)

Quando a localização não define o cuidado

Ao longo da última década, tecnologias robóticas e soluções baseadas em inteligência artificial voltadas ao apoio à decisão e ao cuidado clínico vêm sendo incorporadas paulatinamente à prática assistencial e trazendo mais confiança aos pacientes.

“Fiz a cirurgia robótica e, para minha surpresa, três dias depois já estava em casa. Uma semana, após o procedimento, retirei a sonda e estava totalmente normal: continência preservada, ereção normal e sem dor. Sei que muitos homens têm medo, mas a robótica nos ajuda a minimizar os riscos e nos traz mais confiança”, conta Jairo Soares, paciente que realizou a cirurgia minimamente invasiva para câncer de próstata no Hospital Nove de Julho.

Continua após a publicidade

A Rede Américas conta com 17 plataformas robóticas em seus hospitais em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Pernambuco e Bahia. Além do benefício assistencial, alguns deles, como o Hospital Nove de Julho, se consolidaram como polo de educação, com centros de difusão de técnicas que levam a experiência acumulada em cirurgia robótica para outros profissionais.

“Entendemos que a inovação faz sentido quando está a serviço do cuidado. A cirurgia robótica é mais um passo na jornada de integrar alta tecnologia à excelência assistencial. Com ela, oferecemos maior precisão nos procedimentos, menor impacto no paciente e, principalmente, mais segurança em todo o processo cirúrgico”, afirma Rogério Reis, vice-presidente de Hospitais da Rede Américas, segunda maior rede de hospitais privados do Brasil.

Rogério Reis, vice-presidente de Hospitais da Rede Américas
Rogério Reis, vice-presidente de Hospitais da Rede Américas (Rede Américas/Divulgação)

O recado do Novembro Azul é o mesmo: quanto mais cedo se identifica, melhor o prognóstico. Mas agora, o país passa a contar com um recurso capaz de ampliar acesso a técnicas mais precisas — e de captar, na ponta, impacto real no desfecho clínico e funcional do paciente.



Fonte.:Saúde Abril

Leia mais

Rolar para cima