O ex-soldado israelo-americano Edan Alexander, de 21 anos, voltou para casa nesta quinta-feira (19), em Tenafly, Nova Jersey, após passar 584 dias como refém do grupo Hamas na Faixa de Gaza. O jovem foi capturado em 7 de outubro de 2023, durante os ataques do Hamas a Israel, quando servia em uma unidade de elite do exército israelense.
A família de Edan confirmou à emissora CBS News que o retorno estava previsto para a tarde desta quinta-feira. A cidade natal se preparou para recebê-lo com homenagens nas ruas. “Quero te dizer, Edan: nós te amamos e estamos muito felizes com a sua volta”, declarou o rabino da família. Emocionado, ele resumiu o momento com uma única palavra: “milagre”.
Edan foi libertado em 12 de maio após negociações diretas entre os Estados Unidos e o Hamas, com mediação da administração Trump. De acordo com o enviado especial norte-americano para o Oriente Médio, Edan chegou a conversar por telefone com o presidente Donald Trump após ser resgatado. Trump foi apontado como peça central na articulação política que viabilizou o acordo, segundo a Casa Branca e o governo de Israel.
Após a libertação, Edan foi encaminhado ao Hospital de Tel Aviv para exames médicos. Em declarações públicas, afirmou estar “bem, mas fraco”, e que acredita que, com o tempo, voltará a ser “quem era antes”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a libertação foi resultado de uma “combinação vencedora” de pressão militar por parte de Israel e influência política do governo dos Estados Unidos. O gesto foi amplamente comemorado em Tel Aviv, onde milhares de pessoas se reuniram na Praça dos Reféns para celebrar o retorno de Edan.
Alexander foi sequestrado aos 19 anos e passou todo o período de cativeiro em túneis subterrâneos, sem contato com a luz do dia. Segundo relatos de seus pais, o jovem se manteve esperançoso por estar com outros reféns durante o tempo em que esteve preso.
Com a volta de Edan, ele passa a ser o último cidadão norte-americano vivo a ser libertado entre os reféns feitos pelo Hamas. Atualmente, 58 pessoas seguem sequestradas na Faixa de Gaza — 34 delas já foram declaradas mortas pelo exército israelense.
Os ataques de 7 de outubro de 2023 marcaram o início da escalada do conflito, com o Hamas matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200 em território israelense. Desde então, a resposta militar de Israel resultou em mais de 52 mil mortes em Gaza e destruição em larga escala das infraestruturas do território, controlado pelo Hamas desde 2007.
Leia Também: Ao menos 72 pessoas morrem em novo ataque de Israel na Faixa de Gaza
Fonte. :. Noticias ao minuto