O caso da modelo Francielly Oriques, que teve a entrada negada nos Estados Unidos no início de abril, chamou atenção para as restrições de medicamentos no país. Ainda que esse não tenha sido o motivo principal para a sua deportação, um dos problemas apontados pelos agentes de imigração, segundo a própria modelo relatou em suas redes sociais, foi a presença de tramadol em sua bagagem.
O opioide não é proibido nos Estados Unidos, mas é de uso controlado e por isso deve ser trazido junto com prescrição médica – como acontece com várias outras medicações de uso comum no Brasil. E há ainda os medicamentos totalmente proibidos. Veja alguns exemplos a seguir:
1. Dipirona
Um dos medicamentos mais populares no Brasil, a dipirona é proibida nos Estados Unidos desde os anos 1970. Encontrada em remédios como a Novalgina e o Dorflex, a substância tem o risco causar agranulocitose, condição rara que afeta o sistema imunológico e pode ser fatal. Por conta de relatos desse efeito colateral, o país baniu o medicamento em 1977.
2. Nimesulida
Apesar de ser campeã de vendas nas farmácias brasileiras, a Nimesulida é proibida nos Estados Unidos e em diversos países europeus. O anti-inflamatório, popular por ser eficaz contra febres, dores intensas e inflamações, é um medicamento de uso controverso, devido a efeitos colaterais como diarreia, náusea e vômitos, que afetam mais de 10% dos usuários. Além das complicações mais comuns, a Nimesulida oferece riscos mais graves, incluindo consequências sérias para o fígado, os rins e o coração.
3. Opioides
Remédios opioides que têm como princípio ativo o tramadol e a meperidina (como é o caso da Dolantina) são de uso controlado no país, devido ao risco de abuso. Por isso, esses medicamentos só podem entrar no país acompanhados de prescrição médica.
4. Ansiolíticos e sedativos
No Brasil, medicamentos que utilizam as substâncias clonazepam (caso do Rivotril) e diazepam (caso do Valium) são muito populares. Entretanto, nos Estados Unidos os ansiolíticos e sedativos são medicamentos de uso controlado, e só podem ser levados ao país com prescrição médica.
5. Estimulantes
A Ritalina (metilfenidato) é um remédio usado frequentemente pelos brasileiros para o tratamento de TDAH. Nos Estados Unidos, o uso e transporte do medicamento é permitido, mas apenas com receita médica, por conta do alto risco de vício.
Cuidados ao levar medicamentos para os Estados Unidos
No caso de remédios de uso contínuo, é necessário levar consigo a prescrição médica, preferencialmente traduzida para o inglês. A receita deve conter o nome do paciente, o nome genérico do medicamento, a dosagem a ser tomada e os detalhes do tratamento, além da assinatura do médico. Idealmente, os remédios devem estar dentro da embalagem original.
É importante levar uma quantidade que dure a viagem inteira e um pouco mais, por segurança, mas deve-se prestar atenção para evitar que a quantia seja muito maior que o número de dias que o viajante vai passar no país, pois isso pode causar suspeita na alfândega.
Para os remédios que não requerem receita, ainda é importante levá-los dentro da embalagem, por precaução. O viajante deve consultar a situação do medicamento no país, pois, apesar de diversos remédios serem vendidos sem restrições no Brasil, os Estados Unidos podem solicitar a prescrição médica. Vale a pena levar alguns desses remédios na mala para evitar a necessidade de realizar uma consulta médica durante a viagem apenas para conseguir uma receita.
O status dos medicamentos nos Estados Unidos e instruções para o uso podem ser consultados no site oficial da FDA, agência governamental do país que regula alimentos e medicamentos.
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Fonte.:Viagen