O dia da semana determina como será a sua experiência no centro histórico de Santiago. De segunda a sexta-feira, a região é bastante movimentada e há muitos grupos fazendo passeios guiados. O bairro fica mais vibrante, mas oportunistas tiram proveito da movimentação para fazer furtos – ande com bolsas e mochilas na frente do corpo e não dê bobeira com o celular na mão. Já aos finais de semana, especialmente aos domingos, muitos estabelecimentos comerciais estão fechados e as ruas ficam bem mais tranquilas. Tive as duas experiências e me agradou muito mais passear pela região no domingo, quando pude admirar com calma a bonita arquitetura.
O ponto de partida do passeio pode ser a Plaza de Armas, onde fica a estação de metrô de mesmo nome. A praça é rodeada de belos prédios, mas mesmo assim a Catedral Metropolitana de Santiago consegue roubar a cena. A fachada do edifício, que foi concluído em 1800, é só um prenúncio do que há por dentro: o interior é ricamente decorado com afrescos, ornamentos dourados e mármore nas colunas.


Nas imediações da praça ficam alguns museus: o Museu Histórico Nacional, o Museu de Santiago – Casa Colorada e, o mais imperdível deles, o Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana. Essa é a única atração paga mencionada na matéria (a entrada custa 12.000 pesos), mas vale muito a pena: com uma vasta coleção de artefatos dos povos originários, o museu é a prova cabal das ricas tradições que existiam na América do Sul muito antes da chegada dos colonizadores europeus.
É impossível não se impressionar, por exemplo, com as múmias do povo Chinchorro, cujo processo de mumificação foi desenvolvido em 6.000 a.C. – ou seja, quase três milênios antes que o do Egito. Também fiquei fascinada em aprender sobre o quipu, sistema de contagem utilizado pelos incas que consistia em cordas com nós. O museu exibe um exemplar enorme, que acredita-se ter sido utilizado como uma espécie de “censo” de algum povoado. E o Brasil também está representado na exposição, com alguns exemplares de cerâmicas marajoaras.


Saindo do Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana, basta percorrer cerca de 500 metros para chegar à Plaza de La Constituición. Ali está uma estátua de Salvador Allende, ex-presidente deposto pelo golpe militar liderado por Augusto Pinochet em 1973, e o Palácio de La Moneda, sede da presidência do Chile. Dica: dê uma volta em torno do edifício para observar sua outra fachada, a da Plaza de La Ciudadanía, que me pareceu ainda mais bonita por ter espelhos d’água e um gramadão na frente.

Depois, garanta o seu clique no ponto onde a Calle Moneda e a Paseo Bandera se encontram. O lugar é um dos mais fotografados do centro histórico de Santiago por causa do prédio da Bolsa de Comércio, bem na esquina, e por causa de uma pintura colorida no asfalto que, é preciso dizer, anda um pouco desgastada.

Caminhe pela Paseo Ahumada, uma via comercial por onde só circulam pedestres, e siga em direção à Igreja de São Francisco, uma das construções mas antigas de todo do Chile. A igreja foi consagrada em 1622 e, ainda que a sua torre tenha sido destruída por um terremoto em 1647, o restante da estrutura resistiu.


Bem ao lado está o Barrio Paris Londres, que ficou famoso pelas ruas de paralelepípedos e pelo estilo arquitetônico que remete à Europa. O passeio por ali é mais interessante quando está acontecendo o Mercado Paris Londres: realizado em um final de semana a cada mês, o evento reúne barracas vendendo artesanatos, antiguidades, discos de vinil e além.

Também vale estar atento à programação do Teatro Municipal de Santiago, que merece ao menos uma espiadinha em sua fachada, projetada ao estilo neoclássico francês.
Dali, são cerca de dez minutos de caminhada até o bonito Cerro Santa Lucía, que marca o local da fundação de Santiago pelo conquistador Pedro de Valdivia em 1541. Prepare as pernas para muitas subidas: vários lances de escada levam ao topo do morro, a 69 metros de altura, que descortina uma bela vista para a capital chilena e a Cordilheira dos Andes. Na base, a atração é a Fuente Neptuno.


Termine o passeio pelo centro visitando o Museu Nacional de Belas Artes, que destaca a produção artística chilena e fica dentro do gostoso Parque Florestal, cheio de bancos para ver o tempo passar. Quando quiser voltar para o hotel, a estação de metrô Bellas Artes está logo em frente.


Veja todos os pontos mencionados no mapa abaixo:
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Fonte.:Viagen