7:16 PM
2 de junho de 2025

Rússia: pontes cedem na fronteira com Ucrânia e matam 7 – 01/06/2025 – Mundo

Rússia: pontes cedem na fronteira com Ucrânia e matam 7 – 01/06/2025 – Mundo

PUBLICIDADE


Duas pontes desabaram em diferentes regiões da Rússia que fazem fronteira com a Ucrânia, descarrilando trens, matando pelo menos sete pessoas e ferindo dezenas, disseram autoridades russas neste domingo (1). Um político russo chamou Kiev de “enclave terrorista”.

A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente se os dois incidentes, em regiões vizinhas, estão relacionados. Essas áreas no sul da Rússia têm sido frequentemente alvo de ataques da Ucrânia durante a guerra iniciada pela invasão em larga escala da Rússia há mais de três anos.

Sete pessoas morreram e 69 ficaram feridas quando uma ponte rodoviária desabou sobre trilhos ferroviários, atingindo um trem que se aproximava na região de Bryansk, no final do sábado, segundo o Ministério de Emergências da Rússia e autoridades locais.

A estatal Russian Railways publicou inicialmente no Telegram que o desabamento da ponte em Bryansk foi resultado de uma “interferência ilegal na operação do transporte”, mas a postagem foi posteriormente removida.

O governador de Bryansk, Alexander Bogomaz, informou no Telegram que 47 pessoas foram hospitalizadas. Três crianças estão entre os feridos, uma delas em estado grave, disse.

O desabamento na região de Kursk ocorreu na madrugada deste domingo, enquanto um trem de carga cruzava a ponte, segundo o governador interino da região, Alexander Khinshtein, e a Russian Railways, no Telegram.

“Parte do trem caiu sobre uma estrada abaixo da ponte”, afirmou Khinshtein. Ele acrescentou que a locomotiva pegou fogo, mas as chamas foram rapidamente controladas. Um dos maquinistas sofreu ferimentos na perna e, junto com a equipe que operava o trem, foi levado para um hospital local, completou.

Khinshtein também publicou uma foto dos vagões descarrilados sobre uma ponte danificada que passa sobre uma estrada.

Andrei Klishas, membro sênior do Conselho da Federação — a câmara alta do parlamento russo —, afirmou no Telegram que o incidente em Bryansk demonstra que “a Ucrânia há muito perdeu os atributos de um Estado e se transformou em um enclave terrorista”.

O canal russo Baza, no Telegram — que frequentemente divulga informações de fontes dos serviços de segurança e da aplicação da lei —, relatou, sem apresentar provas, que, segundo informações preliminares, a ponte em Bryansk foi explodida.

O proeminente blogueiro militar russo Semyon Pegov, conhecido como War Gonzo, classificou o desabamento em Bryansk como “sabotagem”.

A Reuters não pôde verificar de forma independente as informações do Baza nem de Pegov. Não houve comentário imediato por parte da Ucrânia.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, ataques transfronteiriços, bombardeios, ataques com drones e operações secretas partindo da Ucrânia contra as regiões russas de Bryansk, Kursk e Belgorod têm sido constantes.

O Ministério de Emergências da Rússia informou no Telegram que as buscas e operações de resgate em Bryansk seguiram durante toda a noite, envolvendo cerca de 180 profissionais.

Entre os mortos está o maquinista do trem, segundo agências estatais russas, que citaram fontes médicas.

Imagens e vídeos nas redes sociais mostraram passageiros tentando ajudar outros a sair dos vagões danificados no escuro, enquanto bombeiros procuravam maneiras de alcançar as vítimas.

A Russian Railways informou que o trem fazia a rota da cidade de Klimovo até Moscou. O acidente ocorreu na região de Vygonichskyi, em Bryansk, onde o trem colidiu com a ponte desabada, nas proximidades de uma rodovia federal. O distrito fica a cerca de 100 km da fronteira com a Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que Moscou e Kiev trabalhem juntos para chegar a um acordo de fim da guerra, enquanto a Rússia propôs uma segunda rodada de negociações presenciais com autoridades ucranianas em Istambul, na segunda-feira.

A Ucrânia ainda não confirmou presença nas negociações, afirmando que primeiro precisa avaliar as propostas da Rússia. Enquanto isso, um importante senador norte-americano alertou Moscou de que poderá ser “duramente atingida” por novas sanções dos EUA



Fonte.:Folha de S.Paulo

Leia mais

Rolar para cima