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7 de novembro de 2025

Salvador: afroturismo tem feira popular e show folclórico – 07/11/2025 – Turismo

Salvador: afroturismo tem feira popular e show folclórico – 07/11/2025 – Turismo

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Com o status de cidade mais negra fora da África, Salvador tem opções para quem quer se conectar com a cultura afro-brasileira, fazendo da capital baiana um lugar único.

A Feira de São Joaquim é um dos principais locais onde todas essas expressões podem ser vistas. O diferencial é o fato de não ser um destino focado no turismo, tornando o ambiente nada artificial. É onde a vida é vivida. Trata-se de uma feira popular onde pessoas compram o que precisam para a casa, mas também para seus rituais religiosos, o que inclui a venda até de animais vivos.

Localizado na Cidade Baixa, entre a baía de Todos-os-Santos e a avenida Oscar Pontes, o comércio popular nem sempre teve esse nome e nem sempre esteve por lá. Na década de 1930, chamava-se Feira do Sete, por ficar próxima ao sétimo entreposto das Docas. À época, recebia intensa movimentação de saveiros.

Com a modernização do porto de Salvador, mudou de endereço e passou a ser conhecida como Feira de Água de Meninos, sendo retratada em alguns livros de Jorge Amado e em muitos outros desenhos do artista Carybé. Em 1964, o local foi acometido por um incêndio que o destruiu completamente. Só depois é que a feira foi estabelecida no lugar onde está hoje.

É possível se perder em meio aos vários corredores que formam uma espécie de labirinto. Mas é uma certeza encontrar um pouco de tudo o que a Bahia tem a oferecer. Ervas dos mais variados tipos, frutas frescas, potes produzidos na região, artesanato em barro, cestos e bolsas de palha, artigos religiosos e iguarias, além de acarajé por R$ 7.

A feira fica próxima ao Terminal São Joaquim, que possui o sistema de balsa ligando Salvador à ilha de Itaparica. É por lá que chegam embarcações que fornecem produtos para a feira vindas do Recôncavo Baiano. As extremidades da feira ainda contam com bares que costumam ter como trilha sonora o samba.

Show folclórico

Outra opção para se aproximar da cultura afro-brasileira é o restaurante O Coliseu, localizado no Pelourinho. O estabelecimento é voltado a turistas, sendo o jantar disponível apenas com reservas. O cardápio é composto por comida típica brasileira e baiana.

Destaca-se o show folclórico, do grupo Topázio, que acontece nas noites de segundas, quartas e sábados.

No meio do salão, o grupo composto por pessoas negras se apresenta em um musical com muita cor e dança. A apresentação é composta por referências da cultura de matriz africana, com vários personagens ligados ao candomblé, como orixás Ogum, Oxum, Oxossi, Omulu, Iansã, Oxalá, Xangô e Iemanjá.

Há ainda danças tipicamente nordestinas, como xaxado, maculelê e capoeira. Ao fim, os artistas formam uma roda de samba.

Experimentos

Próximo ao Centro Histórico, em Santo Antônio Além do Carmo, há projetos que visam fomentar a região como destino turístico. Por essa razão, o comércio vem se unindo na criação de roteiros, destacando-se a loja Dumato, com a venda de artigos e cosméticos voltados à ancestralidade negra.

Em parceria com o restaurante Joca Mesa Bar, a marca de cosméticos promete um experimento sensorial baseado em ensinamentos de religiões de matriz africana.

Há também a experiência gastronômica, em que os participantes podem ajudar na preparação do abará, uma das comidas típicas do ritual do candomblé. O bolinho, feito com a mesma massa do acarajé, é cozido no vapor e servido com camarão seco. Por fim, cada um pode se alimentar do próprio abará já preparado.

O repórter viajou a convite da Salvador Destination



Fonte.:Folha de S.Paulo

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