Com o objetivo de desmistificar o processo de exportação e mostrar que vender para fora do Brasil não é exclusividade de grandes indústrias, o Sebrae/MS promoveu entre os dias 4 e 6 de novembro o workshop “De Pequeno a Global: Desmistificando a Exportação para Micro e Pequenas Empresas”, nas cidades de Bataguassu, Três Lagoas e Paranaíba. A ação, gratuita e presencial, mobilizou empreendedores e marcou mais uma etapa da estratégia de internacionalização voltada a pequenos negócios sul-mato-grossenses. A proposta foi apresentar, de forma simples e prática, os benefícios e o passo a passo da exportação, com foco em empresários, artesãos e produtores rurais da região Costa Leste.

De acordo com Ana Flávia Arrais, analista técnica do Sebrae/MS, o evento também estimula o acesso a novos mercados. “Foi gratificante ver os empresários interessados em entender esse universo. Muitas vezes, o que falta é apenas a informação correta e o incentivo certo para que os pequenos negócios percebam o potencial da exportação e o nosso papel é justamente esse: abrir caminhos e oferecer suporte técnico, para que eles possam sonhar mais alto. Por isso, o Sebrae pretende continuar com esse tema em novos encontros”, declarou.

Entre os assuntos abordados, estiveram temas como incentivo fiscal, valorização dos produtos locais e aumento de competitividade. A iniciativa é parte do trabalho contínuo do Sebrae/MS para impulsionar o desenvolvimento regional e apoiar negócios de todos os portes a integrarem o comércio internacional.

Em Três Lagoas, o workshop contou com a condução do especialista em comércio exterior Caio Pedrollo, que abordou o tema de forma acessível, desmistificando as etapas da exportação. Ele disse que o cenário para internacionalização de micro e pequenas empresas é promissor e tende a se tornar cada vez mais simplificado nos próximos anos. “Estamos vivendo um momento favorável para que os pequenos negócios comecem a explorar mercados internacionais”.

Caio destacou, ainda, que Três Lagoas será beneficiada diretamente com a implantação da Estação Aduaneira Interior (EADI), conhecida como Porto Seco, que está em fase de planejamento e deverá funcionar no município como um terminal alfandegado para agilizar processos de exportação e importação. “Isso permitirá aos empreendedores locais acessar o comércio exterior com mais facilidade, segurança e economia”, completou.

Para Samara Bertoche, artesã em Três Lagoas, a experiência foi reveladora. “Eu nunca imaginei que meus produtos poderiam ser vendidos fora do Brasil até começar a receber encomendas de clientes estrangeiros, que viram minhas peças nas redes sociais. Eles entraram em contato, me pedindo para comprá-las, e eu levei um susto, mas compreendi que existe este mercado. Agora, com as informações que recebi, vejo que vender fora do Brasil é totalmente possível e eu pretendo montar um plano e me preparar para isso”, disse.

Especialista em finanças, Henrique Chiarini destacou a relevância da temática e a necessidade urgente de quebrar mitos e barreiras, que ainda afastam os pequenos empresários da exportação. “Muitos ainda acreditam que exportar é algo distante ou restrito a grandes corporações. O facilitador trouxe exemplos de empreendedores de Mato Grosso do Sul que hesitaram em vender seus produtos para países vizinhos, por puro receio, mas hoje colhem resultados expressivos. Precisamos entender que o mercado está cada vez mais globalizado e que pensar em exportar não é uma opção distante, mas uma estratégia concreta de crescimento, valorização de marca e posicionamento competitivo”, resumiu.

A ação foi promovida pelo Sebrae/MS com apoio da Associação Integra Costa Leste, instituições locais, prefeituras municipais, associações comerciais e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Para mais informações sobre os projetos de internacionalização do Sebrae/MS, os interessados podem entrar em contato pelo número 0800 570 0800 ou acessar o site: ms.sebrae.com.br.