As massagens com técnicas de shiatsu hoje integram a lista das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), que podem ser oferecidas na saúde pública brasileira.

Saiba o que é a técnica, suas origens e que benefícios ela pode entregar.

Como surgiu o shiatsu

As técnicas de shiatsu remontam a dois séculos antes de Cristo, durante o período da Dinastia Han, na China. Uma série de textos desse período inspirou o que, mais tarde, se desenvolveu como uma prática terapêutica no Japão.

A elaboração do shiatsu como conhecemos hoje começou no início do século 20 e se tornou muito tradicional em terras nipônicas, onde milhares de instituições oferecem treinamentos para executá-la com precisão.

De modo geral, a técnica de shiatsu requer a aplicação de pressão sobre determinados do corpo durante as massagens. Principalmente, sobre contraturas e tensões musculares, tipicamente chamados de “nós”. A prática pode ser feita sobre a roupa, sem a aplicação de cremes ou óleos, embora estes possam ser utilizados para aumentar a sensação de relaxamento.

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Além disso, também há um componente holístico envolvido, no qual se acredita que esses problemas musculares podem ser resultado de problemas emocionais e desequilíbrio do Qi, o fluxo de energia vital de cada indivíduo. Esse aspecto do shiatsu não tem respaldo na ciência atual, o que não quer dizer que a massagem em si não possa trazer benefícios.

A questão energética e a ideia de “pontos de pressão” são elementos que o shiatsu compartilha com a acupuntura, outra técnica oriental de relaxamento. Além dela, o shiatsu pode ser confundido com a acupressão, outra técnica bem similar. A grande diferença é que enquanto a massagem de shiatsu utiliza mais os polegares dos dedos para aplicar pressão, na acupressão isso varia.

Shiatsu não é tratamento. Saiba quando ele ajuda

Como visto acima, o shiatsu é uma prática complementar, que em cenário algum pode substituir o tratamento convencional para um problema de saúde. O objetivo é restaurar o relaxamento e o bem-estar físico e mental dos pacientes, e a indicação deve ser feita de forma individualizada, avaliando caso a caso.

Apesar do shiatsu ser uma técnica de massagem bastante tradicional, ela ainda não é reconhecida enquanto uma prática com bases científicas. Pesquisas recentes indicam que massagear os pontos de pressão pode ajudar a aliviar dores musculares, especialmente no pescoço, nas costas e nas pernas. No entanto, não há outros grandes benefícios além destes.

O shiatsu não é um caminho para a cura do câncer nem é indicado para pessoas que tiveram fraturas graves recentemente ou gestantes no primeiro trimestre de gravidez.

Apesar disso, sua abordagem terapêutica visa a promoção da saúde e tranquilidade para os pacientes, podendo ser adotada como alternativa no cotidiano junto a outras atividades saudáveis.