O Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp), realizou neste sábado (27), durante congresso da entidade, ato de apoio à Palestina com manifestações contra a existência de Israel. Durante o evento, uma faixa com a expressão “Palestina livre do rio ao mar” foi exibida, com militantes cantando “Estado de Israel, Estado assassino, e viva a luta do povo palestino”.

Em discurso, a coordenadora do sindicato em Santo André (SP), Maíra Machado, explicou que “a luta em defesa da Palestina é a luta anti-imperialista em todo o mundo”. Protestando contra a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, disse que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, empreendem na região “um projeto colonialista, que vê o genocídio como uma unidade de negócio”. O ato teve como mote apoio a uma flotilha internacional de embarcações que leva ajuda humanitária para os palestinos.

Na sexta (26), sob vaias e aplausos, em discurso na Assembleia Geral da ONU, Netanyahu negou que Israel está atacando civis de forma deliberada, rejeitou as acusações de genocídio e que esteja fazendo palestinos passarem fome de propósito. Enfatizou que Israel luta contra o terrorismo, disse que o trabalho não terminou e agradeceu o apoio de Trump.

“Incapacitamos o Hezbollah, derrubamos milhares de terroristas na Síria e no Iêmen. Também devastamos as armas atômicas do Irã, que eram feitas não apenas para destruir Israel, mas também para ameaçar os Estados Unidos e chantagear nações em toda parte”, afirmou. “Como já fizemos antes, Israel tem de lutar uma luta contra a barbárie por vocês, com muitos de vocês se opondo a nós”, disse ainda, em referência aos protestos internacionais contra a ofensiva em Gaza contra o Hamas.

A frase “do rio ao mar”, exibido no ato da Apeoesp e nos protestos da esquerda em favor da Palestina, sugere a eliminação do Estado de Israel e/ou a limpeza étnica dos judeus que vivem lá, a ser substituída pelo controle palestino sobre todo o território, do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.