
Às vezes, o afã de organizar uma viagem para conhecer o máximo possível de lugares pode até jogar contra a sensação de que você está de férias. Afinal, ter uma lista de atrações para “ticar” em datas específicas, reservas organizadinhas de hospedagens e passagens, até dá um rumo à sua agenda – mas também tende a se converter em um fardo mental e um foco de ansiedade ao longo de toda a jornada.
Quem já embarcou nessa – o que não é raro nas primeiras viagens de qualquer pessoa – e também envelheceu um pouquinho tem cada vez mais investido em uma modalidade oposta de turismo: o slow travel, ou “viagem lenta”, uma estratégia para tentar mergulhar mais no cotidiano de um destino, sem se preocupar tanto em marcar uma checklist de lugares a conhecer.
Mesmo quem ainda não teve condições de realizar esse objetivo, sonha com ele: no ano passado, uma pesquisa da empresa de artigos de viagem Carl Friedrik ouviu mais de 1 mil americanos e descobriu que 94% deles tinham interesse em viajar dessa forma em algum momento. A tendência se repete pelo mundo e, por isso, vale conhecer melhor o conceito.
Em que consiste o slow travel?
O nome é autodescritivo, e o espírito é justamente o de viajar sem pressa. Dá também para definir o slow travel com outra frase feita: menos é mais. Menos lugares na lista para conhecer, menos “viagens dentro da viagem”, menos reservas para se preocupar, otimizando ao máximo os dias que você passa em um determinado destino.
A ideia é se sentir, por algum tempo, parte do dia a dia daquele lugar que você está conhecendo, sem a pressa que marca a vida do turista obstinado em percorrer todos os pontos definidos como imperdíveis nos guias de viagem. É claro que, para aproveitar isso da melhor forma, o ideal é que o slow travel seja feito com mais tempo disponível, e muita gente recomenda passar ao menos uma semana em um mesmo lugar para começar a se sentir um pouco como um local.
Andar pelas ruas com calma, parar para comer um prato típico em um restaurante fora dos trechos mais batidos e sem medo de perder a próxima visita guiada… em alguns casos, inclusive, vale até trocar as cidades mais visitadas por algum lugarejo um pouco menos concorrido do mesmo país, que também permite se imiscuir à cultura local de um jeito diferente.
Por que fazer o slow travel?
Viajar sem pressa pode ser feito com motivações muito diferentes, mas quase sempre o objetivo passa por entender e vivenciar mais de perto uma realidade com a qual a pessoa não está habituada.
Na pesquisa da Carl Friedrik, por exemplo, alguns pontos principais foram citados por um número bem parecido de consultados: os interesses mais presentes incluíam conhecer pessoas do local (43,1%), mergulhar na cultura do destino (42,4%) e ter tempo para explorar por completo um determinado lugar, no seu próprio ritmo (41,5%).
Mas essas não são as únicas razões. Muitos viajantes optam por reduzir o número de deslocamentos nas férias por preocupações ambientais (algo citado por 31,1% dos pesquisados), reduzindo sua pegada de carbono. E também há aqueles com ainda mais tempo que aproveitam a viagem para tentar aprender uma língua diferente (motivação de 7,9% dos consultados).
A melhor maneira de fazer o slow travel, e o que se tira dele, vai depender do que cada um busca. O importante, mesmo, é não se estressar, nem fazer tudo na correria. Se o seu plano é entrar nessa tendência, reduza a velocidade e aproveite as horas do dia sem ficar olhando para o relógio.
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Fonte.:Viagen


