A Polícia Civil identificou o soldado da Polícia Militar Raylton Mourão como um dos investigados pela execução da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, de 33 anos, assassinada a tiros na manhã da última quinta-feira (18), em Várzea Grande. A esposa dele, Aline Valandro Kounz, também é apontada como suspeita de participação no crime.

O casal foi alvo de mandados de busca e apreensão neste sábado (13), mas não estava em casa no momento da chegada dos investigadores. Segundo informações, o objetivo era recolher os celulares de ambos e imagens do circuito interno de segurança da residência, porém a medida não pôde ser cumprida.

No imóvel, apenas a babá dos filhos do casal estava presente. Ela foi conduzida à delegacia, onde prestou depoimento e forneceu detalhes à polícia.

De acordo com as investigações, câmeras de segurança próximas ao local do crime mostram dois homens em uma motocicleta circulando pela rua momentos antes da execução. Às 6h25, quando Rozeli deixava sua residência e seguia de carro para a academia onde trabalhava, os criminosos passaram a segui-la. Em seguida, efetuaram vários disparos que a atingiram fatalmente dentro do veículo.

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As autoridades analisam as imagens e os depoimentos já colhidos para confirmar a dinâmica da ação criminosa e esclarecer a motivação do homicídio.

Rozeli era bastante conhecida na região por sua atuação como personal trainer em uma academia localizada na Avenida Filinto Muller, onde ministrava aulas personalizadas e em pequenos grupos. No momento do crime, seus dois filhos, de 6 e 12 anos, ainda dormiam em casa. O marido da vítima, por sua vez, estava em viagem de trabalho no município de Sorriso (397 km de Cuiabá).

A Corregedoria da Polícia Militar acompanha de perto o inquérito e, por meio de nota, afirmou que instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta do soldado Raylton Mourão.

“A Polícia Militar informa que a Corregedoria-Geral acompanhou o cumprimento do mandado contra o policial militar neste sábado (13), e que apura administrativamente os fatos. A PMMT ressalta que não compactua com nenhum tipo de crime ou ilegalidade cometido por parte de seus integrantes”, diz o comunicado.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que não descarta novas diligências e prisões nos próximos dias.

O crime

Rozeli da Costa Souza Nunes, de 33 anos, foi morta a tiros por volta das 6h da manhã da última quinta-feira (11). Ela teve o carro metralhado pelo garupa de uma motocicleta que emparelhou com seu Renault Sandero.

Desde o início, a Polícia Civil vinha descartando a hipótese de feminicídio. No local do crime, o delegado Bruno Abreu informou que, pelas imagens analisadas, os assassinos usaram o mesmo modus operandi comumente adotado por facções criminosas. No entanto, ele não descartou nenhuma linha de investigação.

O delegado também relatou que familiares informaram que a vítima vinha recebendo ameaças de forma indireta.