A estreia de Lewis Hamilton na Ferrari se mostrou mais complicada do que o esperado. Depois de mais de dez temporadas na Fórmula 1 com a Mercedes, onde venceu a maioria de suas corridas, o sete vezes campeão mundial iniciou uma nova fase da carreira em 2025.
Essa transição, que deveria ser um dos principais eventos da temporada, foi acompanhada por uma fase de adaptação bastante abrupta. Hamilton ainda está lutando para se acostumar com o SF-25, e seus resultados nas corridas e na classificação refletem a falta de confiança no novo carro.
No GP da Hungria, o britânico foi eliminado no Q2, enquanto seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, conquistou a pole position. Após a sessão, o heptacampeão não escondeu a decepção diante da mídia, explicando que o problema estava no piloto e não no carro e que ele era “realmente inútil”. Para Günther Steiner, ex-chefe da Haas e uma figura popular no esporte a motor, a declaração foi um tanto quanto infeliz.
“Como pode um sete vezes campeão mundial dizer ‘sou inútil’?“, questionou no The Red Flags Podcast. “Não é sobre o desempenho dele, isso não me interessa, não vou julgar sua performance. Ele está passando por um período difícil. Em um momento ou outro de nossas vidas, todos nós passamos por dificuldades, eu mesmo sempre tenho. Mas ficar lá e dizer ‘oh, eu sou inútil’, não acho que seja a atitude certa. De minha parte, não gosto da atitude de alguém que desiste”.

Lewis Hamilton, Ferrari
Foto de: Zak Mauger / LAT Images via Getty Images
“É uma atitude que busca fazer com que as pessoas sintam pena de você. Mas, para mim, se sou sete vezes campeão mundial, tenho confiança suficiente para saber que não sou ruim. Só preciso me esforçar mais e recuperar meu ânimo”, continuou.
“É assim às vezes, mas dizer ‘sou inútil’, para mim, foi um pouco… bem, algumas semanas atrás você estava reunido com os engenheiros dizendo a eles o que fazer, e agora você volta dizendo ‘sou inútil’. Concentre-se no que você faz de melhor, que é pilotar um carro de F1, porque ele faz isso muito bem: ele é heptacampeão”.
Permanência de Vasseur é correta
Após o início complicado da temporada da Ferrari, muitos – principalmente a mídia italiana – criticaram o chefe de equipe da Scuderia, Frédéric Vasseur, apontando o dedo para o francês por não corresponder às expectativas no comando da equipe. Desde então, Vasseur foi reconduzido ao comando da Ferrari por várias temporadas. De acordo com Steiner, essa decisão foi a correta.
“Eu dei minha opinião: para a Ferrari, o melhor é que Fred fique”, declarou. “É o que é melhor para a Ferrari no momento. E não é porque ele é um amigo, é porque acho que precisamos de estabilidade. Se eles mudarem de novo, então o próximo cara terá uma desculpa por dois anos e então eles o mudarão novamente. Que deixem Fred pelo menos até o final do ano que vem”.

Frederic Vasseur (Ferrari)
Foto de: Sam Bagnall / Sutton Images via Getty Images
“Se eles não estão onde querem estar, e eu não sei exatamente onde querem estar – obviamente, sei que querem ser campeões mundiais. Mas só pode haver um campeão mundial e, no momento, eles estão em segundo lugar. O que você espera de Fred? Ele não é um mágico, precisa de tempo, e acho que eles estão fazendo um bom trabalho, com exceção de alguns problemas, como todos têm, como o fato de Lewis [Hamilton] não estar se saindo bem”, falou.
“Mas mesmo que você ache que Lewis não está tendo o desempenho esperado, eles ainda estão em segundo lugar no campeonato mundial, em uma posição muito forte. Então, no final das contas, é apenas a McLaren que está melhor este ano. O que você quer fazer? É uma competição. Portanto, acho que a decisão certa é mantê-lo”, finalizou Steiner.
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Fonte. Motorsport – UOL