A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira no mundo. O problema, provocado por danos aos vasos sanguíneos da retina em pessoas com diabetes, pode evoluir silenciosamente até comprometer a visão de forma irreversível.

Por isso, o rastreamento periódico com exames de fundo de olho é considerado essencial para o diagnóstico precoce e a prevenção da perda visual.

No entanto, no Brasil, o acesso a esse tipo de exame ainda é limitado, especialmente na rede pública. Foi para contornar esse gargalo que uma equipe da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveu um projeto inovador — vencedor da categoria Tecnologias Diagnósticas do Prêmio Veja Saúde e Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.

A iniciativa leva um retinógrafo portátil, conectado à nuvem e a sistemas de inteligência artificial, diretamente para o ambiente das consultas médicas.

Com a tecnologia, as imagens do fundo de olho são captadas e analisadas em tempo real: a IA faz uma triagem inicial, enquanto especialistas validam os resultados à distância. O modelo permite diagnósticos rápidos e reduz significativamente o tempo até o início do tratamento.

Em um estudo com mais de 800 pacientes com diabetes, o sistema identificou que quase 15% já apresentavam sinais de retinopatia. O intervalo entre o exame e o começo da terapia caiu, em média, de 20 para 9 dias — um avanço que pode significar a diferença entre preservar e perder a visão.

Uma estratégia ágil, eficiente e democrática, que mostra como a inovação pode transformar a saúde ocular no país.

Assista ao vídeo abaixo e conheça em detalhes o projeto vencedor.

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