


Resenha por Saulo Yassuda
O Tisco é um negócio de família. Espremido embaixo de um prédio residencial em santa Cecília, o boteco nascido em agosto tem o comando de um casal: a jornalista Mílibi arruda Figueiredo e o chef Pedro Galante, que depois de uma temporada no mundo da análise de dados, volta à cozinha. No microssalão, ele expede os petiscos com a ajuda dela, que prepara as bebidas. A dupla tem o auxílio ainda das respectivas mães para o atendimento nas mesas, que escoam para a calçada. O menu, sempre em mutação, é enxuto e não pesa nos preços. Para iniciar, além da providencial cerveja em garrafa de 600 mililitros (a partir de R$ 15,00) — e de um litrão de Original (R$ 21,00) —, os acepipes frios já ficam prontos. Um deles é a abobrinha marinada com uva verde e queijo de cabra (R$ 20,00, com pão), melhor que o carapau marinado (R$ 25,00), no meio do caminho entre uma conserva (de sabor mais concentrado) e um crudo (mais fresco). Com uma crostinha de massa leve, o frango frito (R$ 35,00) é úmido no interior, servido com creme de amendoim e ketchup de molho de pimenta gochujang. Toda semana, surge um prato especial, não necessariamente de boteco. No setor líquido, os drinques não têm grandes firulas. O rabo de galo (R$ 15,00) vem no copo americano, assim como o caju amigo (R$ 21,00), que merecia um tiquinho a mais de gelo e compota da fruta. A caipirinha (R$ 18,00), disponível só na versão clássica de limão e cachaça, não tem defeitos. E não deixe de consultar a seleção de cachaças, com mais de setenta opções.
Informações checadas em novembro de 2025.
Fonte.: Veja SP Abril


