Por vezes confundido com a força, o tônus muscular se refere à forma como seus músculos se tensionam quando não estão sendo utilizados.

A tonificação é fundamental para uma série de processos básicos que ditam a maneira como nosso corpo exerce funções inconscientes no dia a dia: a lista inclui o equilíbrio corporal, os reflexos e a postura, além de ser fundamental para proteger o corpo de lesões musculares e fraturas.

Saiba mais sobre ele e a importância de mantê-lo em dia.

Qual a diferença entre tônus e força?

Tônus e força muscular estão relacionados entre si, mas não são a mesma coisa.

De modo geral, dá para definir o tônus como a tensão “passiva” do músculo quando não está sendo contraído, ou seja, em repouso. Já a força é a capacidade do músculo de, ao ser tensionado, agir contra algum tipo de resistência.

Enquanto o tônus é a forma como o músculo permanece independentemente de estímulos externos, a força se refere ao que ele é capaz de fazer ativamente quando a pessoa realiza um esforço consciente.

Em termos leigos, o tônus não é definido prioritariamente por quão grandes estão seus músculos, então aqui não importa tanto a hipertrofia. Músculos tonificados são aqueles mais “firmes”, sem uma flacidez muito perceptível quando aquela parte do corpo está em repouso.

Como manter o tônus muscular?

As diferenças descritas acima também influenciam a melhor maneira de manter a tonificação em dia.

Mais importante do que a carga utilizada, o tônus se sustenta por repetições cotidianas: mesmo que você utilize pouco peso, se estiver fazendo os mesmos movimentos com frequência, pode combater a flacidez e melhorar a tonificação.

Pense, por exemplo, nos exercícios de uma sessão de fisioterapia, que muitas vezes buscam restituir essa força básica associada ao tônus sem utilizar pesos fora do comum.

Atenção à hipotonia

Um tônus muscular abaixo do adequado leva a uma condição chamada hipotonia. Embora ela possa ocorrer em qualquer idade, ela é muito mais comum na infância, e costuma estar associada a alguma disfunção neurológica ou muscular que pode ter origem genética, em lesões ou em algum outro problema de saúde.

Em bebês, ela costuma levar à situação conhecida pelo termo em inglês “floppy baby” (“bebê molenga”, numa tradução livre).

Pessoas hipotônicas podem apresentar, além da fraqueza e flacidez, problemas de postura, de reflexos e dificuldades de fala, além de uma maior propensão a lesões musculares e fraturas. Um sinal comum é uma hiperflexibilidade, que pode expor os membros a riscos.

A abordagem mais indicada depende da causa de fundo, mas costuma envolver fisioterapia, por vezes de forma rotineira ao longo da vida.