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20 de dezembro de 2025

Trattoria Donna di Nico | VEJA SÃO PAULO

Trattoria Donna di Nico | VEJA SÃO PAULO

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Resenha por Arnaldo Lorençato

Um charme só, a Trattoria Donna di Nico ocupa dois antigos sobrados separados por uma passagem de águas de chuva, tecnicamente chamada de servidão. No projeto encomendado ao arquiteto Roberto Migotto, essa área entre os dois imóveis virou um agradável e disputado pergolado. Este, como outros endereços gastronômicos no Ipiranga, é mais um sucesso criado pela família de Osvaldo Gonçalves, o delegado Nico e atual secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Lembro que, quando escrevi sobre o primeiro negócio montado por eles, a pizzaria Sala Vip na Rua Cisplatina, eu ainda não tinha um rosto conhecido — eram outros tempos e ainda se faziam críticos anônimos — , liguei para o restaurante, e a esposa de Nico e responsável pela operação, Sandra Delbosque Gonçalves, achou que era um trote. De lá para cá, a pizzaria ganhou uma segunda unidade em Moema e três endereços fora de São Paulo, além de um ponto só de delivery, e vieram o Bar do Nico (2000), o Nico Pasta & Basta (2009) e a Nico Hamburgueria (2013). Os filhos do casal, Natália, Eric e Renata, passaram a atuar na administração. Na Donna di Nico, que também funciona como uma mercearia, o cardápio passeia pelas receitas de osteria e trattoria elaboradas com brilho pelo chef peruano Brayan Bladimir Eugenio Jesus. Item que virou obrigatório e óbvio em incontáveis cardápios da cidade, a burrata, ali de produção própria, recebe uma atraente roupagem. É envolta numa massa que sai do forno só quando está morena para ganhar a companhia de tomate gratinado, confit de alho e manjericão fresco. Custa R$ 55,00. Outra sugestão de entrada, a bruschetta margherita (R$ 36,00), que poderia ter o pão um tiquinho mais crocante, vem com tomate, muçarela e manjericão. Uma delícia, o macarrão mais em conta do cardápio merece ser provado. É o canelone bicolor (R$ 70,00) recheado de molho à bolonhesa e muçarela e banhado por molho de tomate e creme de queijo. Também faz bonito o fettuccine alfredo (R$ 75,00), cujos fios al dente são banhados por um molho nada enjoativo de parmesão e manteiga. O peixe do dia (R$ 98,00), a pescada-amarela, é passado em azeite e ervas até dourar sem perder a umidade. Recebe a companhia de berinjela recheada de burrata (ela novamente!) sobre molho marinara, leia-se: de tomate com azeitona preta e alcaparra, mais uma farofinha de pão. Arremate dos bons, o cannolo tem massa quebradiça com recheio de creme de ricota, raspas de laranja e lascas de chocolate (R$ 37,00). No subsolo, está na reta final o bar Nicolina, a ser inaugurado em fevereiro de 2026.

Informações checadas em dezembro de 2025.



Fonte.: Veja SP Abril

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