Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outros jovens da região foram impedidos de realizar um culto evangélico no Campus do Vale, em Porto Alegre, nesta terça-feira (12). Eles relatam que foram expulsos de uma área externa da universidade e intimidados por um grupo de seguranças.
O movimento religioso Aviva Universitário, responsável pelo evento, nasceu na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. O grupo já realizou cultos em campus da USP, UFRJ e UFMG, reunindo centenas de jovens.
Dias antes da data divulgada, representantes do grupo solicitaram por e-mail o uso do anfiteatro externo para a atividade. A reitoria negou o pedido, alegando que a reunião não tinha caráter acadêmico.
Mesmo assim, os jovens se reuniram em uma área externa da instituição, para o momento de oração. De acordo com os organizadores, a reunião agregou mais de 500 jovens.
O evangelista Lucas Teodoro, líder do movimento, afirmou que seguranças interromperam o culto duas vezes. “Na primeira vez, apareceram oito seguranças; na segunda, mais de 15. Um deles me puxou pelo braço e disse, de forma ríspida, que não faríamos o culto ali”, relatou.
De acordo com Teodoro, os seguranças da UFRGS permaneceram posicionados na entrada da instituição durante todo o culto, com três veículos com giroflex ativados.
O grupo acusa a universidade de intolerância religiosa com a fé que testemunham.
UFRGS afirma que veta condutas de intolerância religiosa
Em nota à Gazeta do Povo, a UFRGS afirmou que a universidade “é um ambiente de convivência democrática e plural e, como espaço laico, veta a realização de cultos, missas e outros serviços religiosos em seus campi”.
A UFRGS afirmou também que “veta condutas que configuram intolerância religiosa ou desrespeito a qualquer crença”.
A universidade não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre a ação dos seguranças, relatada por Teodoro.
Fonte. Gazeta do Povo