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12 de novembro de 2025

uma história de luta, ciência e desenvolvimento

uma história de luta, ciência e desenvolvimento

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Em 2025, o curso de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) completa cinco décadas de existência. Fundado em 1975, o curso se consolidou como um dos pilares da formação científica e técnica no estado, contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e para a valorização da pesquisa geológica na região Centro-Oeste.

Durante as décadas de 1980 e 1990, o curso enfrentou grandes desafios estruturais e pedagógicos. A precariedade das instalações, a escassez de equipamentos e a falta de professores especializados colocavam em risco a qualidade da formação dos alunos. Foi nesse contexto que emergiu uma forte mobilização estudantil, marcada por assembleias, ocupações e articulações com sindicatos e movimentos sociais.

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Os estudantes de Geologia da UFMT tornaram-se protagonistas de uma luta política por melhores condições de ensino. Organizaram campanhas por laboratórios adequados, pressionaram por concursos públicos para docentes e exigiram a ampliação do acervo bibliográfico. Essa atuação foi decisiva para que o curso conquistasse avanços significativos, como a modernização de suas instalações e o fortalecimento da pesquisa acadêmica.

A movimentação estudantil não se limitou às reivindicações internas. Muitos alunos participaram ativamente de debates sobre a função social da universidade e da ciência, defendendo uma geologia voltada para os interesses da população mato-grossense. Surgiram projetos de extensão voltados à divulgação da geologia nas escolas e outros que aproximara o curso da comunidade.

Essa postura crítica e engajada moldou gerações de geólogos comprometidos com a transformação social e com o uso responsável dos recursos naturais.

O impacto do curso de Geologia da UFMT na economia de Mato Grosso é inegável. Profissionais formados na universidade atuam em áreas estratégicas como mineração, petróleo e gás, hidrogeologia, geotecnia e planejamento territorial. Eles são peças-chave na identificação de jazidas minerais, na gestão de recursos hídricos e na avaliação de impactos ambientais.

Com um território rico em biodiversidade e em recursos naturais, Mato Grosso depende de uma atuação geológica qualificada para garantir o uso sustentável de suas riquezas. O curso da UFMT tem sido essencial nesse processo, formando especialistas que aliam conhecimento técnico à responsabilidade socioambiental.

Celebrar os 50 anos do curso de Geologia da UFMT é reconhecer uma trajetória marcada por resistência, inovação e compromisso com o desenvolvimento regional. É também reafirmar a importância da universidade pública como espaço de formação crítica, científica e cidadã.

Que os próximos 50 anos sejam de ainda mais conquistas, com a geologia mato-grossense ocupando seu lugar de destaque na construção de um futuro sustentável e justo.

Sheila Klener é geóloga, servidora pública e deputada suplente estadual.





Fonte.: MT MAIS

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