A decisão da federação União Progressista — formada pelo União Brasil e pelo Progressistas (PP) — de romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marca um dos movimentos mais relevantes do cenário político recente. O anúncio, feito nesta terça-feira (2), altera a composição da base no Congresso e já aponta para um reposicionamento estratégico de olho nas eleições de 2026.
O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, afirmou que a decisão de deixar os cargos federais foi tomada para “trazer clareza ao eleitorado” e que nenhum parlamentar com mandato poderá permanecer em cargos no Executivo federal. “É um gesto de coerência. Não podemos estar em cargos de confiança de um governo com o qual não temos mais alinhamento político. O povo espera clareza da nossa parte, e é isso que estamos oferecendo”, declarou Rueda.
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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas, reforçou o tom de ruptura e disse que a medida é parte de uma estratégia de fortalecimento da oposição. “O Brasil precisa de uma alternativa sólida ao projeto do PT. A União Progressista surge para ocupar esse espaço. Estamos unidos para mostrar que existe outro caminho para 2026”, afirmou.
Entre os mais afetados pela decisão estão os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte), ambos deputados federais e, portanto, enquadrados na determinação de saída. Fontes da federação indicam que, caso resistam, podem enfrentar processos disciplinares internos.
Já nomes sem mandato, como Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, ainda podem permanecer nos cargos — decisão que dependerá de negociações políticas.
Do lado do Planalto, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, adotou tom conciliador, mas reconheceu o desgaste. “Respeitamos a decisão dos partidos, mas não estamos pedindo que ninguém saia à força. O que queremos é que quem permaneça se comprometa com as pautas fundamentais do governo: justiça tributária, democracia e soberania nacional”, disse Gleisi.
Fonte.: MT MAIS