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12 de outubro de 2025

Universitária acusada de envenenar 4 tem prazer no que fez, diz delegado

Universitária acusada de envenenar 4 tem prazer no que fez, diz delegado

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Na manhã de 11 de abril de 2025, a rotina de uma família em Guarulhos, na Grande São Paulo, se transformou em tragédia. A enfermeira Maria Aparecida Rodrigues, de 49 anos, foi encontrada morta e seminua em casa, com espuma na boca, após não responder às mensagens da filha, Thayná, de 24.

Preocupada com o silêncio da mãe, a jovem pediu ajuda à tia, Maria da Luz, que foi até a residência no bairro Jardim Flórida. A porta estava destrancada. No quarto, a cena chocante: Maria Aparecida já sem vida sobre a cama. Enquanto aguardava a chegada da perícia, uma mulher desconhecida se aproximou e perguntou o que havia acontecido.

Ela se apresentou como “Carla”, alegando ter saído com a vítima na noite anterior, após se conhecerem por um aplicativo de relacionamentos. Disse ainda que voltara à casa para pegar roupas que seriam doadas. Após permanecer por algum tempo observando a movimentação, desapareceu.

Poucos dias depois, Maria da Luz e Thayná descobriram que “Carla” era, na verdade, Ana Paula Veloso Fernandes, estudante de Direito, de 36 anos, presa sob acusação de ter envenenado quatro pessoas, entre elas Maria Aparecida.

'Serial killer' da feijoada matou ex por herança, diz MP

O primeiro crime atribuído a ela é o assassinato de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morto no dia 26 de abril, em Duque de Caxias (RJ), após comer uma feijoada com veneno. O prato teria sido preparado com a ajuda da filha da vítima, Michele Paiva da Silva, que teria contratado Ana Paula por R$ 4 mil. As duas estudaram juntas Direito e continuaram em contato mesmo depois que Ana Paula se mudou para Guarulhos (SP).

Guilherme Bernardo | 09:45 – 12/10/2025

Série de mortes
Entre janeiro e maio de 2025, Ana Paula se envolveu em quatro mortes, três delas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. O primeiro caso foi o de Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, em Guarulhos. Segundo a investigação, a acusada chegou a chamar a Polícia Militar ao local, fingindo querer socorro para a vítima.

Maria Aparecida foi a segunda morte. Em seguida, no dia 26 de abril, o aposentado Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morreu após comer uma feijoada envenenada com chumbinho, em Duque de Caxias (RJ). No local também estava Michelle Paiva da Silva, filha da vítima, presa posteriormente por participação no crime.

A quarta vítima teria sido Hayder Mhazres, de 21 anos, tunisiano que vivia em São Paulo. O jovem passou mal no condomínio onde morava, no bairro do Brás, e morreu após ingerir comida supostamente envenenada. Ana Paula estava presente, acompanhou o rapaz na ambulância e, em seguida, compareceu à delegacia para registrar o óbito.

“Serial killer fria e manipuladora”
O delegado Halisson Ideião Leite, do 1º Distrito Policial de Guarulhos, classifica Ana Paula como uma “serial killer”. Segundo ele, a mulher demonstrava frieza e ausência de remorso, e gostava de permanecer no local dos crimes, observando a reação das pessoas.

— Ela parece sentir prazer em manipular, enganar e estar no controle da situação — afirmou o delegado, destacando que, em liberdade, Ana Paula representaria risco à vida de outras pessoas.

A análise de especialistas reforça o perfil calculista da acusada. O psiquiatra forense Talvane de Moraes afirmou que Ana Paula demonstra consciência total de seus atos, e que acionar as autoridades após os crimes pode ter sido uma estratégia para mascarar a culpa e tentar escapar da punição.

A Justiça manteve a prisão preventiva da estudante, e a investigação segue aberta para apurar se ela fez outras vítimas. O caso é considerado um dos mais chocantes e complexos da recente crônica policial de São Paulo.



Fonte. .Noticias ao Minuto

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