4:21 AM
11 de dezembro de 2025

Vale a pena acumular milhas? Entenda – 10/12/2025 – Turismo

Vale a pena acumular milhas? Entenda – 10/12/2025 – Turismo

PUBLICIDADE


Quando o assunto é viagem, todo mundo pelo menos já ouviu falar que dá para economizar uma boa grana com milhas.

O que nem todo mundo sabe é como de fato tirar proveito desses programas de fidelidade. E dá para entender o porquê: todos eles são construídos sobre parcerias não muito claras entre diferentes empresas, têm um regramento complexo e exigem uma boa dose de dedicação, paciência e planejamento de quem quer aproveitar as melhores ofertas.

Por isso, antes de aceitar qualquer cartão de crédito ou de assinar um clube de pontos que promete benefícios que você nem sabe muito bem como usar, é importante entender como os programas de fidelidade funcionam.

Na prática, os pontos são como como moedas virtuais, cuja emissão, circulação e liquidez são totalmente controladas pelas companhias aéreas. É mais poder do que qualquer banco central tem sobre as moedas nacionais. E tudo porque os consumidores (de todos os setores, e não só das aéreas) valorizam e muito as passagens que elas oferecem como prêmio.

Se as milhas (ou pontos) são uma moeda, é imprescindível entender a taxa de câmbio delas em relação ao dinheiro de verdade. Diferente do dólar, não existe uma cotação oficial. Esse valor é estimado de acordo com o custo médio de aquisição desses pontos. Sim, eles podem chegar à sua carteira de graça como recompensa pelo pagamento da sua fatura de cartão, mas nem sempre.

Como será explicado com mais detalhes nos próximos capítulos, uma das formas mais eficazes de acumular, especialmente para quem precisa de uma grande quantidade de pontos, é comprá-los. Em geral não compensa, mas às vezes compensa muito.

É a partir desses valores de venda, da possibilidade de multiplicá-los em transferências bonificadas e também do quanto os pontos valem na hora do resgate das passagens (ou seja, na hora da recompra pelas companhias), que aquelas pessoas viciadas em milhas definem o valor do milheiro (uma porção de mil milhas).

Atualmente, cada mil pontos do TudoAzul, da Azul, valem por volta de R$ 15. Na Smiles, da Gol, valem cerca de R$ 17. E o milheiro do Latam Pass, da Latam, vale R$ 25. Esses valores não são exatos, mas sim referenciais. Com eles sempre em mente, é possível estimar quais promoções, entre as muitas que aparecem toda semana, valem a pena ou não —e assim, saber quando é a hora mais vantajosa para comprar, transferir, ou resgatar pontos.

Os primeiros programas de fidelidade de companhias aéreas (e mais tarde, os cartões de crédito ligados a eles) surgiram nos Estados Unidos, nos anos 1980, logo após uma lei que desregulamentou totalmente o setor aéreo no país. Como as empresas passaram a competir basicamente pelo menor preço, e não mais pelo luxo e a fartura do serviço de bordo, era preciso haver um mecanismo que fidelizasse os clientes.

Logo as companhias perceberam que, além da fidelização, elas também poderiam ganhar dinheiro vendendo pontos para parceiros (como locadoras de carro e, mais recentemente, lojas de varejo) que quisessem oferecê-los como prêmio aos seus clientes —tudo livre de impostos. Assim, esses programas se tornaram uma importante fonte de receita para as aéreas, que passaram a lucrar também com a venda deles até mesmo diretamente para os seus próprios passageiros.

Nesta quinta-feira (11) a Folha lança a série “De Milha em Milha”, sobre os programas de fidelidade ligados ao setor aéreo. As reportagens trarão um guia para ajudar o leitor a entender os meandros desse universo, destrinchando o funcionamento e ensinando como tirar o melhor proveito.

Dividida em oito capítulos semanais, a série explicará a história desses programas, como eles se tornaram a principal fonte de receita das companhias aéreas e como, apesar dos benefícios, nem sempre são um bom negócio para todo mundo.

O conteúdo será exclusivo para assinantes. Para o lançamento, a Folha oferece uma promoção especial que dá desconto na adesão à assinatura premium: por R$ 9,90 por mês ao longo de um ano, é possível ter acesso a todo o conteúdo publicado pelo jornal, além de acrescentar até cinco pessoas para usufruir da sua assinatura.



Fonte.:Folha de S.Paulo

Leia mais

Rolar para cima