São Paulo

O ano de 2025 foi fértil na cena gastronômica de São Paulo. Para ajudar na retrospectiva de comes e bebes, colunistas, colaboradores e jornalistas da Folha e do UOL foram convidados a apontar seus favoritos entre as inaugurações de 2025. As categorias foram definidas em função do perfil das casas abertas.

No caso de restaurantes, votantes escolheram entre melhor restaurante de alta cozinha, melhor do ano e melhor custo-benefício. Já entre bares, as categorias foram melhor do ano, bar para comer, custo-benefício e para beber vinho. Nas guloseimas, a eleição ficou entre o melhor café ou padaria. Conheça as indicações.

Bares

Melhor do ano: Coda

A casa do renomado bartender Ale D’Agostino, ex-Apothek, abriu em outubro, mas já tem clientes fiéis. “Uma entrada simples esconde o ambiente ao mesmo tempo elegante e rústico, no qual brilha um balcão apinhado de bons drinques e bom papo”, diz Sandro Macedo, colunista. Ali, são servidos drinques com o kimchi old fashioned (R$ 52), que leva bourbon, espumante e calda de caramelo com kimchi. “Coquetéis impecáveis e comida muito boa”, diz Marcos Nogueira, colunista.

R. Barão de Tatuí, 223, Vila Buarque, região central. @_codabar

Para beber vinho e comer: Lita

O bar derivado do restaurante italiano Nelita ganhou em duas categorias: para beber vinho e comer. No ambiente intimista, a clientela se acomoda em mesas perto da cozinha ou no piso de cima, onde fica a adega sob o comando do sommelier Danyel Steinle. “Vinho sem comida tem menos graça. Aqui, além de opções para todos os perfis, a comida é genial”, diz Isabelle Moreira Lima. Para acompanhar, pratos criados por Tássia Magalhães, eleita melhor chef mulher da América Latina. “Fine dining com receitas caprichadas e muito bem feitas”, diz Juliana Simon, colunista do UOL.

R. Ferreira de Araújo, 333, Pinheiros, região oeste. @wine.lita

Bom custo-benefício: Jiboia

O ambiente informal deste bar em Santa Cecília oferece menu bem trabalhado de comes e bebes, com preços atraentes pela entrega. “O cardápio inclui petiscos típicos de botequim e criações. É o caso do sanduba de cafta suína, com molho levemente picante e shissô, que dá um toque refrescante e viciante”, diz Gabrielli Menezes. Jiboias (as plantas) pendem sobre o balcão, de onde saem drinques, batidas, vinhos e cerveja.

R. Barão de Tatuí, 390, Vila Buarque, região central. @jiboia.sp

Guloseimas

Melhor padaria: Mirá

Com inspiração japonesa na decoração e no menu, usa o fungo koji para a fermentação natural dos pães e folhados. Doces e salgados mudam sazonalmente. Entre as bebidas, há cafés que vão do clássico coado a receitas diferentonas. “Sou mais de tomar café puro, mas o mocha shoyu [leite, expresso e xarope de shoyu, R$ 28] é um escândalo. O pão com missô e gergelim [R$ 35], além de imponente, é delicioso”, diz Rafael Capanema, jornalista.

R. Francisco Leitão, 265, Pinheiros, região oeste. @mira.spp

Restaurantes

Melhor do ano: Brisas do Baru

A nova aposta de Dagoberto Torres oferece pratos compartilháveis com sabores conhecidos da América Latina, misturados com toques do mundo todo. Um exemplo são os mexilhões recheados de arroz de jasmim e guanciale (R$ 33, três unidades). “Uma joia no Copan para se deixar levar, sem resistências, por criações ousadas, delicadas, frescas e cheias de maresia”, diz Priscila Pastre, crítica de gastronomia. A casa, instalada no edifício na região central, tem apenas de 14 lugares.

Av. Ipiranga, 200, loja 46, República, região central. @brisadobaru

De alta cozinha: Simone

O chef Simone Paratella deixou a sociedade de seu restaurante para abrir uma casa só sua, com menu que remete à sua origem no norte da Itália. O local recebe 19 pessoas por noite, com reserva obrigatória. É possível observar o chef preparar o menu-degustação de nove etapas (R$ 520). “Simone aposta em uma cozinha refinada, atual e bem executada”, diz Larissa Morales, colunista.

R. Tapinas, 118, Itaim Bibi, região oeste. @ristorantesimone

Melhor custo-benefício: Lena

Aberto em julho por Mário Santiago, tem cardápio de raiz mineira, mas aberto a sabores do mundo, com técnica e fartura. “Se você pedir uma ou duas entradas para dividir, como pão de queijo recheado com costelinha, vai sair satisfeito e querer voltar”, diz Matheus Ferreira, editor-assistente do Guia Folha.

R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 98, Pinheiros, região oeste. @lenaemsp

Conheça quem votou

Jurados de restaurantes

Larissa Morales, colunista da Folha; Magê Flores, editora de podcasts; Marília Miragaia, editora do Guia, Matheus Ferreira, editor-assistente do Guia, Priscila Pastre, crítica de gastronomia da Folha; Roberto de Oliveira, editor de Projetos Especiais e Parcerias; e Zeca Camargo, colunista de Turismo

Jurados de bares

Bárbara Paro Giovani, repórter do Guia; Gabrielli Menezes, colaboradora do UOL; Isabelle Moreira Lima, colunista da Folha; Juliana Simon, colunista do UOL; Marcos Nogueira, colunista da Folha; Marília Miragaia, editora do Guia; Otavio Tronco, colaborador; Sandro Macedo, colunista da Folha

Jurados de guloseimas

David Lucena, colunista da Folha; Fernanda Lopes, jornalista; Marília Miragaia, editora do Guia; Rafael Capanema, jornalista