A Câmara Municipal de Canarana, a 605 km de Cuiabá, tomou uma decisão impactante nesta segunda-feira, 9 de junho. Durante uma sessão extraordinária, os vereadores votaram pela extinção do mandato do ex-vereador e médico Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, do Partido Liberal (PL). A decisão ocorre em meio a graves acusações de pedofilia e abuso sexual contra menores, situação que trouxe à tona discussões sobre a proteção de crianças e adolescentes na comunidade.
A renúncia de Thiago foi protocolada na quarta-feira anterior, 4 de junho. Apesar de ter solicitado a saída do cargo, o Regimento Interno da Câmara não permite que o plenário delibere sobre esse tipo de ato. Assim, na sessão de hoje, foi necessário apenas votar pela extinção do mandato, que já estava sob suspeita. A decisão foi tomada em meio a uma atmosfera de indignação e preocupação entre os munícipes, que acompanharam os eventos de perto.
De acordo com informações da assessoria da Câmara, a sessão extraordinária começou às 15 horas e contou com a participação dos vereadores que, ao analisarem a situação, evidenciaram a necessidade de proteger a integridade das vítimas e a imagem da instituição.
Bitencourt foi denunciado pelo pai de uma menina de dois anos, da qual haviam sido tiradas fotos em “poses sensuais” para envio ao vereador. Na casa dele, foram encontrados roupas infantis, imagens relacionadas a abuso e objetos sexuais. Outras vítimas, inclusive uma adolescente de 15 anos e uma paciente de 29, denunciaram abusos sofridos.
Assim que o caso tomou repercussão na mídia, o presidente do PL no Mato Grosso, Ananias Filho, suspendeu, de forma preventiva, a filiação do ex-parlamentar. No último 2 de junho, a Câmara Municipal da Canarana emitiu uma nota em que informou acompanhar “de perto os fatos” que envolviam o político.
“O Poder Legislativo repudia os supostos crimes atribuídos ao vereador, e aguarda o resultado da investigação, que corre sob sigilo”, diz o comunicado. Desde então, portanto, Bitencourt foi afastado dos trabalhos na Casa, da qual pediu renúncia no dia 4 e teve mandado extinto nesta segunda.
Fonte.: MT MAIS
