
Crédito, Getty Images
- Author, Imogen Foulkes
- Role, Da BBC News em Genebra (Suíça)
Há vários anos a ilha caribenha está sob o domínio de gangues violentas que tratam a população com brutalidade implacável, disse o Unicef.
A violência sexual contra crianças no país aumentou 1.000% desde 2023, transformando seus corpos “em campos de batalha”, disse o porta-voz da entidade, James Elder.
Elder deu o exemplo de uma garota de 16 anos que saiu de casa para ir às compras e depois foi apreendida por homens armados. Ela foi espancada, drogada e estuprada repetidamente.
Ela agora está em um abrigo da ONU com dezenas de outras meninas recebendo cuidados.
O controle de gangues em Porto Príncipe levou a uma quebra quase completa da lei e da ordem, ao colapso dos serviços de saúde e à emergência de uma crise de segurança alimentar.
Mais de 5,6 mil pessoas foram mortas devido à violência de gangues no Haiti somente no ano passado.
O conselho presidencial de transição do Haiti, o órgão criado para organizar eleições e restabelecer a ordem democrática, parece estar em crise.
O conselho substituiu o primeiro-ministro interino em novembro, mas fez pouco progresso na organização de eleições há muito adiadas.
As crianças também estão sendo recrutadas pelas gangues, às vezes à força, diz o Unicef.
A organização encontrou crianças membros de gangues de apenas oito anos.
O básico que as crianças haitianas precisam para ter uma infância normal, mesmo que ainda estejam em casa com suas famílias, é praticamente inexistente, diz o Unicef. Escolas e hospitais mal funcionam e dezenas de milhares de crianças não estão na escola.
O Unicef criou espaços móveis seguros no Haiti para tentar apoiar crianças e prevenir a violência sexual.
Mas no ano passado, quando solicitou US$ 221,4 milhões (R$ 1,3 bilhão) para financiar seu trabalho no Haiti, recebeu apenas um quarto disso.
Esta reportagem foi escrita e revisada por nossos jornalistas utilizando o auxílio de IA na tradução, como parte de um projeto piloto.
Fonte.:BBC NEWS BRASIL