10:52 PM
7 de julho de 2025

Vitaminas ajudam na imunidade baixa? Entenda

Vitaminas ajudam na imunidade baixa? Entenda

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Em épocas mais frias e com a chegada do inverno, reaparece um debate recorrente: a vitamina C, queridinha da prevenção ao resfriado, coquetéis multivitamínicos e até outras receitas milagrosas podem ajudar a evitar doenças?

Frente ao complexo sistema imune do corpo, toda vitamina pode ajudar no funcionamento dessa função. Mas elas não são remédio.

Se por um lado elas são fundamentais para fortalecer sua proteção contra ameaças externas, ingerir mais vitaminas não vai ajudar a aliviar sintomas nem curar uma doença que já está em curso.

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Suplementar ajuda?

Se o caminho é aumentar a imunidade, infelizmente não há métodos fáceis e infalíveis.

A queda de barreiras imunológicas efetivamente aumenta o risco de doenças, e as vitaminas são parte dessa complexa estrutura de defesa.

Mas, por si só, elas não conseguem proteger de tudo: outras práticas saudáveis, como uma alimentação rica em nutrientes que vão além das próprias vitaminas, a prática regular de exercícios e manter a vacinação em dia também são medidas essenciais.

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Evitar hábitos danosos ao sistema imune, como consumo de álcool, o tabagismo e uma rotina estressante também colabora para que a imunidade permaneça elevada.

Para suplementar, é indicada uma avaliação criteriosa, com exame de sangue prévio, que revela o nível das vitaminas. Para muita gente, a estratégia é desnecessária. Salvo em casos de deficiência severa ou problemas de absorção de nutrientes, é possível obter as vitaminas que você precisa somente pela alimentação.

Uma suplementação sem necessidade pode representar dinheiro jogado fora. Na melhor das hipóteses, será uma vitamina cujo excesso é inócuo e, literalmente, sai na urina. Mas, em outras, pode ocorrer a hipervitaminoseque traz efeitos adversos e pode ser tão ruim quanto a deficiência.

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Como vitaminas ajudam no sistema imune

Em geral, um sistema imunológico eficiente depende de uma nutrição variada, isso inclui uma quantidade adequada de vitaminas – A, do complexo B, C, D, E e K – e minerais.

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Esses nutrientes ajudam em uma gama de funções no nosso corpo. Um teor baixo pode, sim, levar a piores desfechos quando se trata de infecções virais, o que pode, após constatado esse baixo nível, ocasionar em recomendação médica para repor certas vitaminas específicas para se proteger no futuro.

Para que servem os tipos de vitaminas

A vitamina A, por exemplo, pode reduzir os riscos de desenvolver algumas enfermidades e complicações associadas a elas, como o sarampo, mas não serve para tratá-las e em hipótese alguma substitui a vacinação.

A vitamina C, principalmente usada para tratar resfriados, desempenha papel na imunidade inata e adaptativa. O consumo regular, embora possa reduzir a duração e gravidade do resfriado, não tem efeito após o início dos sintomas, portanto, não atua como um remédio para a doença.

Ingestões elevadas desta vitamina podem, inclusive, levar a um conjunto de efeitos adversos, incluindo cólicas, diarreia e náuseas, por exemplo. O melhor, portanto, é se medicar conforme a orientação de seu médico.

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No caso da vitamina D, sua deficiência afeta a suscetibilidade do corpo à infecção, e sua suplementação pode reduzir o risco, mas os resultados variam.

Além disso, ela também é acompanhada de efeitos adversos se for usada em doses muito altas, também, além das náuseas e vômitos, fraqueza, dor, desidratação e cálculo renal. Hoje, a suplementação de vitamina D sem uma clara indicação médica é desaconselhada.

As vitaminas E e K, também relacionadas ao sistema imune, podem ser responsáveis por efeitos ruins de hipervitaminose, como, no caso da primeira, maior risco de doenças cardiovasculares. Já o excesso de vitamina K, apesar de bastante raro, pode trazer risco de desenvolvimento de trombose ou icterícia.

Em resumo, não é por que ajuda na imunidade que é recomendado sair tomando qualquer vitamínico por aí, especialmente quando já se desenvolveu alguma doença. A necessidade de suplementação deve ser discutida com médico e nutricionista, avaliando sempre se não é possível vencer uma eventual deficiência somente com base no que você coloca no prato de comida.

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Fonte.:Saúde Abril

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