O presidente Volodymyr Zelensky disse neste sábado (20) que a Ucrânia concordaria em participar de discussões com os Estados Unidos e a Rússia se isso facilitar mais trocas de prisioneiros e abrir caminho para reuniões dos líderes dos países.
Zelensky também disse que foi informado pelo principal negociador ucraniano, Rustem Umerov, sobre as últimas conversas que ocorreram na sexta-feira (19) com negociadores americanos nos Estados Unidos.
Uma nova rodada foi marcada para este sábado, disse ele, com foco na recuperação da Ucrânia no pós-guerra. O enviado especial russo Kirill Dmitriev também está em Miami para negociações com autoridades americanas.
Zelenskiy disse que os EUA propõem reuniões entre os conselheiros de segurança nacional dos três países: Estados Unidos, Ucrânia e Rússia.
“Se essa reunião pudesse ser realizada agora para permitir trocas de prisioneiros de guerra ou se uma reunião de conselheiros de segurança nacional conseguisse um acordo sobre uma reunião de líderes… não posso me opor. Apoiaríamos essa proposta dos EUA. Vamos ver como as coisas correm.”
Zelensky defende a ideia de manter as linhas de contato da maneira como estão agora, sem que a Ucrânia tenha que desistir do território que ainda controla na região industrial de Donbass, no leste do país.
“Para mim, a versão justa é ficarmos onde estamos agora”, disse ele. “Isto é uma questão de princípio. Qualquer que seja a forma como abordamos a questão, é importante para nós que as autoridades ucranianas mantenham o controle sobre a parte do Donbass que controlamos agora.”
Ele disse que uma proposta dos EUA para criar uma “zona econômica livre” no leste da Ucrânia é uma questão “a ser decidida pelo povo ucraniano”.
“Estamos trabalhando cuidadosamente em cada ponto, em cada passo, a fim de alcançar não um ‘entendimento’ vago sobre a divisão de território e recursos, mas um acordo sobre uma paz estável e duradoura e garantias de segurança confiáveis”, disse ele.
Zelensky também disse que a Ucrânia e os seus aliados europeus devem continuar a apoiar as negociações de paz lideradas pelos EUA, acrescentando: “Se não funcionar, todos pensaremos em outras opções”.
Fonte: CNN Brasil


