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15 de junho de 2025

Veja como escolher vinhos no supermercado para o feriado – 17/04/2025 – Isabelle Moreira Lima

Veja como escolher vinhos no supermercado para o feriado – 17/04/2025 – Isabelle Moreira Lima

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Você já pode ter ouvido que o supermercado não é o melhor lugar para comprar vinhos. Mas, não tem jeito, em certas ocasiões, só ele salva. E, com a correria desses dias, aposto que você está se sentindo em apuros, se ainda não programou o que vai beber no feriadão. A boa notícia é que o supermercado tem algo que as lojas especializadas não têm: volume. Isso faz com que alguns preços sejam imbatíveis e também garante rótulos exclusivos de importação própria.

No caminho para o supermercado, já faça um cálculo mental de quantas garrafas vai precisar, lembrando que 750 ml dão cinco taças em média. Vale pensar em quantas pessoas vão beber com você (e o quanto elas bebem). A ocasião também importa, é ela que deve definir o estilo das garrafas: espumante, branco, laranja, rosé, tinto… Faz diferença se é praia (brancos salgadinhos brilharão) ou campo (se esfriar, os encorpados são uma delícia); se vai acompanhar refeição (e aí vale fazer um casamento) ou só conversa (bebidas mais leves e alegres).

Na loja, tenha cuidado para não escolher garrafas que estão muito expostas à luz. Ela é um veneno para a boa conservação do vinho ao dar o efeito conhecido como “light strike” e que deixa o vinho meio chato e sem graça, o equivalente a uma cerveja “choca”. Verifique também se a rolha não está meio saltada, estufada. Se estiver, desista dela.

Você não precisa ficar como na Netflix, onde olhamos os títulos por horas e não escolhemos nada. Nas gôndolas, os vinhos costumam ser organizados por países e isso já dá pistas do que encontrar: lugares mais quentes produzem vinhos mais robustos, alcoólicos; já dos mais frios (ou com altitude), vêm os mais elegantes e frescos. Os que vêm da Europa (chamada de “velho mundo” entre os aficionados por vinho) costumam trazer no rótulo suas denominações de origem.

Resumidamente, cada denominação tem suas uvas tradicionais e típicas. Dessa forma, se você lê Bordeaux, já sabe que pode encontrar merlot, cabernet sauvignon e franc, entre outras; se lê Toscana, já sabe que há sangiovese. Se tiver dúvidas, procure um atendente. Uma busca na internet também pode iluminá-lo rapidamente. (Por isso, dica número zero, tenha sempre bateria no seu celular.)

Vinhos do chamado “novo mundo” (Américas, África do Sul e Oceania) são mais fáceis de entender (e ler) porque a maior parte da produção é de varietais e traz o nome da casta maior que tudo estampada no rótulo. É verdade que há blends e, à medida que vão subindo os degraus na escada de qualidade (e de preço), essas mesclas de uvas são mais comuns e informações no rótulo mais incomuns. Não se avexe, Google neles!

E, se não tiver que impressionar ninguém, eu aconselharia deixar essa compra para uma loja especializada, bem como a de safras mais antigas, a menos que você tenha certeza que o armazenamento do supermercado é maravilhoso.

Vai uma taça?

No Pão de Açúcar, há o clássico espanhol Clos de Torribas (R$ 79), um tempranillo que agrada gregos e troianos, macio e cheio de fruta. No Mambo, o Cono Sur Pinot Noir Bicicleta (R$ 59) vai agradar os que querem algo mais leve. No Zaffari, há boa variedade de espumantes brasileiros, como o Nature Sur Lie Casa Valduga (R$ 99), que é cremoso e turvo, pois não é filtrado; de vinhos uruguaios, como o Gimenez Mendez Cabernet Franc Reserva Rosé (R$ 59), com nota de morango ácida; e a caixa de 3 litros do Porta 6 Branco (R$ 79,80), português fresquinho. No St. Marché, o rosé da Provence Estandon Quintessence (R$ 99) é delicado e elegante. Explore a rede Sacolão para descontos e boas opções brasileiras.


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Fonte.:Folha de São Paulo

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